O Painel Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve tomou a decisão de manter os encargos de referência dos Estados Unidos (EUA) inalterados na reunião de hoje. Deste modo, a taxa permanece na faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano.
A conservação dos encargos já era aguardada pelo mercado. Antes do anúncio, os agentes financeiros já precificavam uma probabilidade de praticamente 100% de que a taxa permaneceria estável, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group.
Vale notar que, segundo a última atualização do gráfico de pontos, o dot plot, o Fed projeta taxas a 3,9% no fim do ano — ou seja, a taxa de referência deve encerrar 2025 na faixa entre 3,75% a 4,00%. Dessa forma, a previsão é de que o BC norte-americano ainda efetue dois cortes, de 0,25 pontos percentuais cada, até dezembro.
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Guerra Comercial EUA-China Intensifica: Impactos no Ibovespa na Quarta-feiraNo comunicado da decisão atual, o Fomc ressaltou que a volatilidade e as incertezas aumentaram. “A incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou ainda mais”, expressou o comunicado. “O Painel está atento aos riscos em ambos os lados de seu duplo mandato e avalia que os riscos de mais desemprego e inflação aumentaram.”
O documento ainda salientou que o Fed “está preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado” e reiterou que seguirá monitorando os dados econômicos.
O mercado agora espera a coletiva de imprensa do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, para explicar a decisão e possíveis orientações futuras para a trajetória dos encargos. A entrevista está marcada para 15h30 (horário de Brasília) e ocorre em meio a críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, ao chefe do Fed na condução da política monetária.
Trump tem pressionado o BC a reduzir os encargos. Embora as taxas não tenham sido mencionadas no comunicado da decisão de hoje, os membros do Painel lidam com a expectativa de que o plano tarifário de Trump possa elevar a inflação — que já está acima da meta de 2% — e dificultar a retomada do afrouxamento monetário na maior economia do mundo.
Fonte: Money Times
