A disputa comercial entre os Estados Unidos e China teve desenvolvimentos adicionais. A partir deste dia da semana (9), entram em vigor as taxas recíprocas superiores a 10%, estabelecidas por Donald Trump, assim como as taxas de represália de Pequim.
Vale ressaltar que as tarifas sobre os produtos chineses aumentaram para 104% — 20% anunciados anteriormente, 34% da taxa recíproca e 50% da represália —, após o governo dos Estados Unidos confirmar a tarifa adicional devido à reação da China ao anúncio das tarifas de Trump.
Também começam hoje a vigorar a tarifa de 20% para integrantes da União Europeia e a represália do Canadá de 25% imposta aos automóveis americanos.


A intensificação da disputa comercial voltou a inquietar os mercados com a possibilidade de uma desaceleração econômica. Neste momento, o valor do petróleo desce mais de 4%, alcançando seu ponto mais baixo desde o início da pandemia. O tipo Brent, que serve como referência mundial, está sendo negociado em aproximadamente US$ 60 o barril, enquanto o WTI (referência nos EUA), tenta manter o valor de US$ 57 o barril.
As moedas digitais também operam em queda, com o bitcoin ainda distante dos US$ 80 mil e o ethereum caindo mais de 5%.
No meio desses acontecimentos, os investidores também aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), quando o Reserva Federal optou por manter as taxas de juros inalteradas.
No documento, o Fed pode fornecer mais detalhes sobre sua decisão e os próximos passos a serem tomados. Os dirigentes da autoridade monetária já indicaram que o cenário econômico atual requer cautela, embora o mercado aposte no início do ciclo de redução das taxas.
As bolsas asiáticas encerraram de maneira mista. O mercado europeu está em queda e os futuros de Wall Street também operam em território negativo.
O que esperar do Ibovespa
No Brasil, o mercado acompanha os movimentos internacionais, mas dispõe de indicadores para desviar um pouco a atenção. Agora pela manhã, serão divulgados os dados de vendas no varejo, com as projeções apontando para um aumento de 0,80% em fevereiro para o varejo restrito e estabilidade para o ampliado.
Também estão em destaque o Índice de Preços ao Produtor (IPP), bem como o estoque de crédito em fevereiro e os índices de inadimplência no crédito livre, regulado pelo Banco Central.
Os investidores também devem acompanhar o segundo dia do 11º Annual Brazil Investment Fórum, promovido pelo Bradesco BBI, que reúne economistas e figuras importantes do mercado.
Em relação à política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Honduras para a abertura da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
No pregão anterior, o Ibovespa (IBOV) chegou a flertar com o território positivo nas primeiras horas, porém foi impactado pelo aumento da aversão ao risco externa devido à escalada da guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou em 123.931,89 pontos, registrando queda de 1,32%. Já o dólar à vista (USBRL) finalizou as negociações em R$ 5,9979, apresentando avanço de 1,48% em relação ao real.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, registrou queda de 0,60%% no after-market de ontem, cotado a US$ 23,30.
Agenda: Confira a programação para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula*
* Fuso horário: -3h do horário de Brasília
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Veja como os mercados se comportam nesta quarta-feira (9)
Bolsas asiáticas
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Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Moedas digitais
Excelente quarta-feira e acompanhe o Money Times para ficar por dentro das notícias do mercado!
Fonte: Money Times