O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que indica a visão prévia da inflação oficial brasileira, aumentou 0,36% em maio, conforme anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (27 de maio). Esse valor representa uma diminuição em comparação com o aumento de 0,43% em abril.
A inflação acumulada atingiu 2,80% este ano e 5,40% nos últimos doze meses. No mês anterior, esses números eram 2,43% e 5,49%, respectivamente.
O IPCA anual ainda ultrapassa o limite máximo da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para 2025. A meta é 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo.


Neste mês, os principais impactos vieram dos setores de vestuário, que teve um aumento de 0,92% e uma contribuição de 0,04 p.p., e de saúde e higiene pessoal, com 0,91% e 0,12 p.p., respectivamente.
O IPCA ficou abaixo das projeções do mercado. A expectativa era que o índice subisse para 0,44% neste mês e encerrasse em 5,49% no acumulado de 12 meses, de acordo com a mediana das previsões coletadas pelo Money Times.
Os setores que mais impactaram o IPCA-15
Neste mês, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram resultados positivos.
O setor de transporte (-0,29%) foi um dos que teve uma variação negativa, devido à queda nas passagens aéreas (-11,18%). Por outro lado, os combustíveis aumentaram de -0,38% em abril para 0,11% em maio, impulsionados pelos aumentos nos preços do etanol (0,54%) e gasolina (0,14%), e pelas reduções no óleo diesel (1,53%) e no gás veicular (0,96%).
O setor de artigos para residência (-0,07%) também registrou uma variação negativa, sem impacto significativo.
Dentro do setor de vestuário (0,92%), destacaram-se os aumentos nas roupas femininas (1,56%), masculinas (0,92%) e infantis (0,36%).
No setor de saúde e higiene pessoal (0,91%), o destaque foi para os produtos farmacêuticos (1,93%), devido à autorização para reajustes de até 5,09% nos preços dos medicamentos — válida a partir de 31 de março.
Já no setor de habitação (0,37%), o aumento foi principalmente impulsionado pela energia elétrica residencial (1,68%) e pela alta nas tarifas de água e esgoto (0,51%).
Outro destaque positivo foi o setor de alimentação e bebidas (1,09% e 0,24 p.p.), com desaceleração de 0,30% no item alimentação em casa em maio, superior ao resultado de abril (1,29%). Contribuíram para esse cenário as quedas no preço do tomate (7,28%), arroz (4,31%) e frutas (1,64%), e os aumentos nas batatas (21,75%), cebolas (6,14%) e café moído (4,82%).
Além disso, a alimentação fora de casa desacelerou de 0,77% para 0,63%. O item lanches teve um aumento de 0,84% e as refeições passaram de 0,50% para 0,49%.
Fonte: Money Times