O governo central apresentou saldo positivo primário de R$ 1,096 bilhão em março, em comparação com um resultado negativo de R$ 1,024 bilhão no mesmo mês de 2024, divulgou o Tesouro Nacional hoje (29), indicando um aumento real na arrecadação e despesas em queda.
O desempenho, que engloba as finanças do Tesouro, Banco Central e Previdência Social, ficou um pouco aquém das expectativas do mercado, segundo levantamento da Reuters, que previa um superávit de R$ 1,323 bilhão no período.
O resultado do mês foi influenciado por um incremento real de 0,8% na receita líquida – excluindo transferências para os governos estaduais – e uma redução real de 0,5% nos gastos totais em relação a março de 2024.
A elevação é consequência, principalmente, de um crescimento real de 5,6% nas receitas administradas pela Receita Federal, abrangendo a cobrança de tributos de responsabilidade da Federação. Entre os principais avanços estão um aumento de 26,8% na arrecadação do Imposto de Importação e de 5,0% do Imposto sobre a Renda.
No que diz respeito às despesas, a redução foi motivada, principalmente, pela diminuição dos gastos discricionários dos ministérios, que incluem despesas administrativas e de investimento.
O resultado do mês foi o mais positivo desde março de 2021, quando houve superávit de R$ 2,603 bilhões em valores corrigidos pela inflação.
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o governo central alcançou um superávit primário de R$ 54,532 bilhões. No mesmo período em 2024, foi registrado um superávit de R$ 20,171 bilhões.
A meta de resultado primário para 2025 é atingir um equilíbrio nas contas, com margem de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto, equivalente a cerca de R$ 29 bilhões.
Fonte: Money Times