Os custos de produção no território brasileiro concluíram 12 meses em elevação e passaram a diminuir no mês de fevereiro, marcando decréscimo de 0,12% em comparação com o mês anterior, divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (9).
O desempenho levou o Índice de Custos de Produção (ICP) acumulado em 12 meses a um aumento de 9,41%.
Dentre as 24 atividades analisadas, foi identificado que em fevereiro 12 delas tiveram variações negativas.




Os segmentos industriais que mais impactaram no resultado do mês foram processamento de petróleo e biocombustíveis (0,24 ponto percentual), produtos alimentícios (-0,21 p.p.), outras substâncias químicas (0,19 p.p.) e atividades extrativistas (-0,16 p.p.).
No que se refere à variação, atividades extrativistas (-3,39%), outros meios de transporte (-2,76%), outras substâncias químicas (2,41%) e processamento de petróleo e biocombustíveis (2,37%) foram os destaques em fevereiro, conforme relatado pelo IBGE.
“Da mesma forma que nos meses anteriores, a variação cambial teve impacto no desempenho do ICP em fevereiro”, ressaltou Murilo Alvim, responsável pelo índice no IBGE.
No acumulado do ano até fevereiro, o dólar teve uma queda de 4,25% em relação ao real em comparação com o encerramento de 2024.
O setor de alimentos apresentou redução de 0,84% em fevereiro, segundo mês consecutivo com baixa nos preços, porém a alta acumulada em 12 meses atingiu 13,96%, a maior desde julho de 2022 (19,55%).
“Observa-se a segunda queda seguida nos preços dos alimentos, ocorrendo após uma sequência de nove altas consecutivas. Os pontos em destaque em fevereiro foram os menores preços das carnes, especialmente as carnes bovinas, que tiveram um volume maior de abates no mês; os valores do arroz, que estão com um volume maior devido ao início da safra; e os preços dos derivados da soja, também com oferta em alta, acompanhando o avanço da colheita”, mencionou Alvim.
“Já que esses produtos são passíveis de exportação, a variação cambial também auxilia na compreensão desses resultados”, explicou Murilo.
O ICP mensura a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e transporte, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Fonte: Money Times