O pessimismo do mercado na semana anterior não se dissipou com o passar dos dias. De fato, os investidores utilizaram o tempo de folga para ponderar ainda mais as medidas tarifárias de Donald Trump e começar a segunda-feira (7) com perdas expressivas.
No domingo (5), entraram em vigor as taxas de 10% sobre mercadorias importadas pelos Estados Unidos — cerca de 180 países foram impactados, incluindo o Brasil. Por sua vez, as tarifas mais significativas, como os 34% para a China e os 20% para integrantes da União Europeia, passarão a ser aplicadas a partir de quarta-feira (9).
Durante o final de semana, houve protestos nos EUA e Europa contra as políticas do presidente norte-americano, que abrangem redução dos recursos federais destinados a programas sociais, dispensa de servidores públicos e ataques contra grupos minoritários. As manifestações intensificam a crise de popularidade do governo republicano.


Ontem, em declarações, Trump manifestou não desejar a queda dos mercados, porém sinalizou que “às vezes, é necessário adotar uma medida drástica para corrigir algo”. Ele também informou ter dialogado com líderes da Europa e Ásia nos últimos dias para discutir sobre as tarifas de importação.
Assim, o mercado asiático, um dos mais afetados pela estratégia tarifária de Trump, entrou em colapso nesta madrugada, com o índice futuro da bolsa de Tóquio acionando o circuit breaker. A bolsa de Hang Seng (Hong Kong) encerrou com queda superior a 13%, enquanto os mercados japonês e chinês declinaram mais de 7%.
As bolsas europeias e os futuros de Wall Street também sofrem perdas próximas a 3%.
O universo das criptomoedas também registra desempenho negativo, com ethereum declinando 16% nas últimas 24 horas e sendo seguido de perto por outros ativos digitais. O bitcoin apresenta redução de 7,5% e está sendo transacionado abaixo dos US$ 80 mil.
Quais são as expectativas para o Ibovespa
Neste cenário, o mercado nacional não apresenta indicadores relevantes na agenda do dia — além do Boletim Focus, também serão divulgados dados da balança comercial semanal e indicadores industriais.
Dessa forma, a bolsa brasileira fica à mercê dos acontecimentos nos mercados internacionais. O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, recua mais de 3% no pré-market de hoje, cotado a US$ 23,63.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) cedeu diante da forte pressão externa, com o agravamento da disputa tarifária iniciada pelos EUA. A China optou por retaliação às tarifas impostas por Trump, estabelecendo uma taxa de 34% sobre a importação de produtos norte-americanos.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou a 127.256,00 pontos, com retração de 2,96% — no menor patamar desde 14 de março. Na semana, o Ibovespa recuou 3,52%.
Já o dólar à vista (USBRL) fechou as negociações a R$ 5,8350, registrando elevação de 3,68% em relação ao real.
Pauta: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
Visão geral – Lula
Visão geral – Fernando Haddad
Visão geral – Gabriel Galípolo
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta segunda-feira (7)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
Ótima segunda-feira e mantenha-se informado com o Money Times para acompanhar os desdobramentos do mercado!
Fonte: Money Times