O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou elevação de 0,43% no mês de abril, conforme indicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje, sexta-feira (9). Esta informação revela uma redução no ritmo de aumento, comparado com o acréscimo de 0,56% registrado em março.
A inflação aumentou 2,48% desde o início do ano e 5,53% em um período de 12 meses. No mês anterior, esses valores eram de 2,04% e 5,48%, respectivamente.
O índice anual do IPCA permanece acima do limite máximo da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para 2024. A meta é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo. Isso significa que, dentro dessa faixa, a inflação pode variar de 1,5% no mínimo a 4,5% no máximo.




Neste mês, os principais impactos foram registrados nos grupos de Saúde e Cuidados Pessoais, com aumento de 1,18% e contribuição de 0,16 p.p., e Vestuário, que teve um acréscimo de 1,02% e 0,05 p.p.
Além disso, o IPCA superou as previsões do mercado. A estimativa era de que a taxa subiria 0,42% este mês e aceleraria para 5,52% em 12 meses, de acordo com a mediana das projeções coletadas pelo Money Times.
Os segmentos do IPCA
Dos nove segmentos de produtos e serviços analisados, oito apresentaram resultados positivos em abril.
Como mencionado anteriormente, um dos principais destaques foi o segmento de Saúde e Cuidados Pessoais (1,18% e 0,16 p.p.), com destaque para os produtos farmacêuticos, que subiram 2,32% em abril, após a autorização do ajuste de até 5,09% nos valores dos medicamentos aplicado no início do mês. No mesmo período, a higiene pessoal também contribuiu para o aumento, com um acréscimo de 1,09%.
No segmento de Vestuário (1,02%), merecem destaque os aumentos nas roupas femininas (1,45%), masculinas (1,21%) e nos calçados e acessórios (0,60%).
Já o segmento de Alimentação e Bebidas desacelerou para 0,82% em abril, em comparação com 1,17% em março, sendo que os alimentos para consumo no domicílio registraram 0,83%.
Contribuíram para esses resultados os aumentos da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%) e do café moído (4,48%), enquanto entre as quedas, destacaram-se a cenoura (10,40%), o arroz (4,19%) e as frutas (0,59%).
No que diz respeito aos subitens, a alimentação fora do domicílio apresentou um aumento de 0,80% e os lanches de 1,38%, enquanto o custo das refeições teve uma desaceleração de 0,48%.
No segmento de Habitação, houve uma desaceleração de 0,24% em março para 0,14% em abril. Nesse período, o custo da água e do esgoto (0,25%) refletiu o aumento de 4,17% nas tarifas em Goiânia (4,17%) e de 9,98% em Recife (1,67%). Além disso, a energia elétrica residencial teve uma queda de 0,08% em abril.
Na categoria de Transportes, o aumento das tarifas do metrô (1,01%) foi impulsionado pelo reajuste de 5,33% no Rio de Janeiro (3,33%) e pela redução de 3,36% em Brasília, devido à isenção de tarifas aos domingos e feriados.
Fonte: Money Times