O secretário de Economia, Fernando Haddad, comunicou nesse último dia da semana (9), durante encontro na B3 – a Bolsa de Valores de São Paulo –, que acredita que o aumento de preços encerrará o ano de 2025 em um nível mais baixo do que o antecipado pelo BoletimFocus, que engloba as projeções de participantes do mercado financeiro.
“Estou convicto de que encerraremos este ano ligeiramente acima do que as previsões indicam e teremos um 2026 mais tranquilo. Quanto às estimativas, estou mais esperançoso com a diminuição da inflação até o final do ano”, expressou.
O mais recente Relatório Focus evidenciou que a expectativa para a elevação dos preços em 2025 caiu de 5,55% para 5,53%. Para os anos de 2026 e 2027, as previsões permanecem em 4,51% e 4,00%, respectivamente. Já em relação a 2028, os especialistas diminuíram de 3,78% para 3,80%.


Haddad também ressaltou que a função do Banco Central é justamente “diminuir a inflação”, em alusão ao aumento da taxa Selic anunciado na última quarta-feira (7) pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Indagado sobre o quanto a elevação de preços pode ficar abaixo das projeções do mercado, o secretário afirmou que o assunto precisa ser discutido em conjunto com a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Índice de preços em alta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a inflação oficial do Brasil, aumentou 0,43% em abril, conforme revelado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa sexta-feira (9).
O valor sinaliza uma desaceleração comparado ao aumento de 0,56% registrado em março.
A elevação dos preços acumula um aumento de 2,48% no ano e de 5,53% em 12 meses. No mês anterior, esses índices eram de 2,04% e 5,48%, respectivamente.
O acumulado de um ano do IPCA permanece acima do limite superior da meta de inflação almejada pelo Banco Central em 2024.
A meta é de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo. Em outras palavras, considerando essa faixa, a inflação pode variar de 1,5% no mínimo a 4,5% no máximo.
Fonte: Money Times