Em mais um dia de reabilitação no mercado financeiro, a bolsa de comércio superou os 134 mil pontos e alcançou o patamar mais elevado desde setembro do ano passado. O dólar desceu pela quinta vez seguida e ficou abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez em 22 dias.
O indicador Ibovespa, da B3, concluiu esta quinta-feira (24) atingindo os 134.580 pontos, registrando um incremento de 1,79%. O referencial apresentou um desempenho próximo da estabilidade durante a manhã, porém disparou à tarde, impulsionado por ações de instituições bancárias, mineradoras e companhias relacionadas ao consumo.
Em ascensão pelo quarto pregão consecutivo, a bolsa brasileira está no auge desde 17 de setembro. Apesar disso, os papéis da Petrobras, os mais transacionados no Ibovespa, voltaram a declinar. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) retrocederam 0,73%. Enquanto as ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) caíram 0,46%.


A trégua repetiu-se no mercado de câmbio. O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,692, com queda de R$ 0,027 (-0,47%). A cotação chegou a descer para R$ 5,66 por volta das 10h30, porém reagiu próximo ao fechamento do mercado, quando investidores aproveitaram a baixa para comprar dólares.
A moeda dos Estados Unidos está no piso desde 3 de abril, quando havia fechado a R$ 5,62. Com o declínio de hoje, a divisa passou a registrar abaixamento no mês, acumulando retração de 0,24%. Em 2025, o dólar tem uma baixa de 7,9%.
Assim como nos últimos dias, a descida do dólar foi influenciada por fatores externos. No início da tarde, o presidente estadunidense, Donald Trump, falou que teve uma reunião com representantes da China e que poderia reconsiderar a taxa ao país asiático “em duas ou três semanas”.
Simultaneamente, o diretor do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) Christopher Waller mencionou que a disputa comercial de Trump tem potencial para elevar o índice de desemprego nos Estados Unidos, o que aumenta a probabilidade de o Fed cortar as taxas de juros da principal economia do planeta ainda no primeiro semestre. Taxas menos elevadas em economias desenvolvidas incentivam a transferência de capitais financeiros para países emergentes, como o Brasil.
*Baseado em informações da Reuters
Fonte: Agência Brasil