Não é claro o que será decidido na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mas é certo que o BC está se preparando para manter a taxa Selic em um nível elevado por bastante tempo.
De acordo com Gabriel Galípolo, em um evento do Goldman Sachs em São Paulo, é necessário manter os juros em um patamar muito restritivo por um longo período.
O presidente do órgão monetário mencionou que as projeções de índice de preços soltas e a situação econômica atual demandam cautela do BC e o Copom ainda depende de informações concretas.




Ele também salientou que ainda não é o momento para o Banco Central indicar qualquer ajuste na taxa básica de rendimento. “É necessário ter confiança nos dados para analisar essa convergência”, acrescentou. Ele ainda alertou para a importância de não se deixar levar pela emoção, mesmo diante de reações rápidas do mercado aos dados econômicos.
Durante as conversas com investidores, Galípolo mencionou a preocupação geral sobre a possibilidade da desaceleração econômica ser compensada por um aumento na atividade financeira. Ele afirmou que ajustar os juros em resposta a uma política financeira que ainda não foi posta em prática é uma tarefa desafiadora.
No ano passado, o Copom elevou a taxa de juros após a piora nas projeções de inflação. Desde então, houve seis aumentos que elevaram a Selic de 10,50% ao ano para 14,75% — a marca mais alta desde agosto de 2006.
Para a próxima reunião, agendada para 18 de junho, há opiniões divergentes no mercado, entre um último aumento de 0,25 ponto percentual e a interrupção do ciclo de aumento.
*Informações fornecidas pela Reuters
Fonte: Money Times