Uma vez que o mês virou, a dívida nacional alcançou um aumento de 3,30% em fevereiro em relação a janeiro, perfazendo um total de R$ 7,492 trilhões, de acordo com registros do Tesouro Público divulgados hoje.
No intervalo em questão, a dívida pública interna federal mobiliária atingiu R$ 7,178 trilhões, marcando um crescimento de 3,26%, enquanto a dívida externa federal alcançou R$ 314 bilhões, com um incremento de 4,15%.
Os fatores que contribuíram para o crescimento da dívida pública no último período foram uma emissão líquida que totalizou R$ 165,7 bilhões e uma soma de juros no montante de R$ 73,7 bilhões.



Segundo informações do Tesouro, fevereiro se destacou por um aumento nas taxas de juros a prazo no Brasil, motivado por incertezas geopolíticas e projeções relacionadas à taxa básica de juros.
De acordo com os dados apresentados pelo órgão, o custo médio do estoque da dívida nacional nos últimos 12 meses teve um acréscimo no último mês, passando de 11,40% ao ano em janeiro para 11,57%.
Por outro lado, o custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna subiu de 11,36% para 11,92% ao ano, em decorrência do aperto monetário em curso no país, que torna mais caros os títulos indexados à Selic, representando 47,8% do estoque.
Na semana passada, o Banco Central do Brasil incrementou a taxa de juros básica em 1 ponto percentual, alcançando 14,25% ao ano, com previsão de um aumento de menor magnitude em maio. A instituição deixou os próximos passos em aberto.
No que diz respeito ao perfil dos vencimentos da dívida nacional, o Tesouro destacou que o prazo médio do estoque passou de 4,11 anos para 4,08 anos em fevereiro.
A reserva de liquidez, por sua vez, subiu de R$ 744 bilhões em janeiro para R$ 889 bilhões em fevereiro, quantidade suficiente para quitar 6,66 meses de vencimentos de títulos, em comparação com os 6,72 registrados em janeiro.
Com relação a março, o Tesouro indicou que incertezas sobre os efeitos das tarifas comerciais sobre a economia dos Estados Unidos da América e a possibilidade de redução no ritmo de redução de juros por parte do Federal Reserve dos Estados Unidos em 2025 afetaram as nações emergentes, resultando em um aumento dos prêmios de risco.
No mês de março, conforme divulgado pelo Tesouro, as taxas de juros futuros no Brasil diminuíram em função da reavaliação da trajetória da taxa básica de juros.
Fonte: Crypto Money