O Banco Alemão Deutsche, principal instituição financeira da Alemanha, está explorando o emprego de moedas estáveis e diversas modalidades de depósitos tokenizados, conforme uma matéria da Bloomberg.
De acordo com a notícia, o Deutsche Bank está não apenas considerando o uso de moedas estáveis, mas também planeja lançar sua própria unidade monetária respaldada, conforme explicado por Sabih Behzad, líder de ativos digitais e inovação monetária na organização.
De maneira similar, o banco está avaliando se deveria criar uma solução interna para depósitos digitais tokenizados voltada para transações financeiras, acrescentou o executivo.


Esta iniciativa ocorre em meio à aceitação de grandes entidades do setor financeiro, que estão cada vez mais confiantes em expandir suas atividades para o mercado de ativos digitais.
Isso se deve ao avanço das regulamentações sobre o universo das criptomoedas — e, mais precisamente, sobre emissões de moedas estáveis — tanto na União Europeia quanto nos Estados Unidos. Assim, os bancos estão se preparando para atender a uma possível demanda dos consumidores.
Apesar do recente destaque, a adoção da tecnologia de blockchain e tokenização já é um tópico recorrente entre as instituições bancárias há alguns anos, mas com poucas implementações práticas significativas até o momento.
Qual é a definição de moedas estáveis e depósitos tokenizados
De forma genérica, moedas estáveis são criptomoedas lastreadas em ativos reais, como ouro ou mercadorias.
Contudo, as mais populares são aquelas que mantêm paridade com o dólar ou o euro, ou seja, moedas mais consistentes em relação à instabilidade do mercado de ativos digitais.
Por outro lado, depósitos tokenizados são tokens digitais emitidos por bancos regulados que representam participações em fundos bancários. Em suma, são essencialmente saldos de contas bancárias representados em uma blockchain.
No final de 2021, o Deutsche Bank revelou que havia investido estrategicamente na Partior, uma firma especializada em pagamentos e liquidações internacionais por meio da tecnologia blockchain.
A instituição também faz parte do Projeto Agorá, uma iniciativa do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e um consórcio de empresas com o propósito de investigar como a tokenização pode aprimorar as transações financeiras entre organizações internacionais.
Em 2023, o Deutsche Bank se associou à companhia de tecnologia blockchain suíça Taurus para criar soluções de custódia de ativos digitais voltadas para clientes institucionais.
Fonte: Money Times