A fé na indústria no Brasil retorna a crescer em maio, pois uma melhoria no indicador de perspectivas do setor para os próximos meses ultrapassou o declínio na medida sobre a condição atual, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (28).
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) aumentou 0,9 ponto em maio em comparação com o mês anterior, alcançando 98,9 pontos, de acordo com os dados da FGV. Este foi o ponto mais alto registrado em 2025.
“Em um ano com bastante oscilação, a fé na indústria registra seu maior aumento no ano. Apesar disso, percebe-se um acréscimo no nível dos estoques pelo segundo mês consecutivo, acendendo um alerta para os empreendedores”, afirmou Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.




O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, caiu 1,0 ponto no mês e ficou em 99,1 pontos, de acordo com a FGV.
O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, por outro lado, avançou 2,7 pontos em maio, para 98,7 pontos.
Dentre os aspectos que compõem o ISA, o maior destaque foi o aumento de 3,1 pontos no indicador que avalia o nível de estoques, para 103,2 pontos, marcando o maior nível de estocagem desde abril de 2024 (105,3 pontos).
Segundo a FGV, quando o indicador de estoques está acima de 100 pontos indica que a indústria está operando com reservas excessivas ou acima do desejado.
Já em relação ao IE, a principal influência para o aumento veio do quesito de produção nos três meses seguintes, que subiu 4,2 pontos, para 101,0 pontos, maior nível desde junho de 2022 (101,6 pontos).
Em outros componentes, as medidas de dinâmica sobre as contratações e de tendência dos negócios tiveram acréscimos de 1,7 e 1,9 ponto, respectivamente, atingindo 99,8 e 95,4 pontos.
O Banco Central elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual neste mês, para 14,75% ao ano. A autarquia indicou que a movimentação da reunião de junho permanece em aberto, mas tem apontado a manutenção dos juros em patamar elevado por um período mais alongado do que o habitual.
Fonte: Money Times