Conab divulgou nesta quinta-feira estimativa da safra de cana.
Foto-arquivo: Sindsep-DF/DivulgaçãoPrincipal local de produção de cana, o Sudeste colheu 439,6 milhões de toneladas, quantidade 6,3% inferior ao obtido na safra anterior. Relativo à superfície, constatou-se um aumento de 7,5% na mesma base de comparação, atingindo um total de 5,48 milhões de hectares
“Contudo, esse crescimento não foi suficiente para recuperar as perdas apontadas pela diminuição da produtividade de 12,8%, estimada em 80.181 quilos por hectare”, justificou a Conab.
No Centro-Oeste, a colheita não registrou grandes variações frente ao resultado da safra de destaque, conquistada na etapa anterior. Foram colhidas 145,3 milhões de toneladas (crescimento de 0,2%), nessa importante região produtora.
“Assim como no Sudeste, a área expandiu 4%, chegando a 1,85 milhão de hectares, ao passo que a produtividade foi 3,7% menor, calculada em 78.540 quilos por hectare”, divulgou a Conab.
Nordeste, Sul e Norte
A colheita na etapa 2024/2025 ainda está em fase de conclusão na Região Nordeste. Caso se confirme a estimativa da companhia, a produção por lá atingirá 54,4 milhões de toneladas, o que representa uma diminuição de 3,7% em comparação à safra precedente.
Segundo a Conab, esta cifra sofreu influência da escassez de água na região, impactando negativamente nas médias de rendimento das plantações. A área colhida aumentou 1,6%, alcançando 897,5 mil hectares.
A Região Sul registrou decréscimo tanto em termos de superfície como de produtividade. Estimada em 33,6 milhões de toneladas, a produção ficará 13,2% inferior ao ciclo passado.
Por outro lado, na Região Norte, a situação é diferente, com expansões de área e produtividade, de 1,4% e 1,1% respectivamente. Segundo a Conab, a colheita está calculada em 4 milhões de toneladas na região.
Subprodutos
A redução da quantidade de cana colhida também acarretou em redução na produção de açúcar. A pesquisa indica que a diminuição ficou em 3,4%, o que equivale a um total estimado de 44,1 milhões de toneladas.
“Apesar do decréscimo em relação à última safra, a etapa que se encerra demonstra a segunda maior produção do açúcar na série histórica da Conab. Esse bom desempenho é resultado do mercado favorável ao produto, direcionando uma significativa parte da matéria-prima para a elaboração de açúcar”, elucidou.
Etanol
No que diz respeito ao etanol, houve aumento de 4,4% na produção total, perfazendo 37,2 bilhões de litros. O crescimento foi alcançado mesmo com a redução (de 1,1%) da produção a partir da extração da cana, em decorrência do agravamento das condições climáticas. O montante produzido atingiu 29,35 bilhões de litros.
O bom resultado é atribuído ao incremento do etanol produzido a partir do milho. Nesta safra, cerca de 7,84 bilhões de litros provêm do cereal, um aumento de 32,4% em relação ao ciclo 2024/23”, relata a empresa.
Exportações
Segundo a Conab, as exportações permaneceram em níveis elevados, mantendo o Brasil como principal exportador global do produto.
“Ao encerrar a etapa 2024/25, os volumes de açúcar permaneceram estáveis em relação à safra anterior, alocados em torno de 35,1 milhões de toneladas. Entretanto, a receita foi de US$ 16,7 bilhões, redução de 8,2% em relação à receita da última safra, devido ao contexto de preços menores”, destaca a Conab.
Já a exportação de etanol fechou o ciclo com um total de 1,75 bilhão de litros embarcados. Uma queda de 31% na comparação com o ciclo 2023/24.
A Conab esclarece que o etanol de milho tem ganhado mais importância, com aumento tanto da produção em novas unidades como da eficiência das plantas já existentes.
Fonte: Agência Brasil