Nos últimos tempos, o bitcoin (BTC) não tem experimentado os seus melhores momentos, sob pressão devido à disputa comercial liderada por Donald Trump, que influencia o mercado como um todo. Porém, há aqueles que se mantêm esperançosos em relação ao futuro da criptomoeda.
A gestora ARK Invest revisou para cima sua previsão mais otimista para o valor do bitcoin até o final de 2030, aumentando-a de US$ 1,5 milhão para US$ 2,4 milhões — o que implica em um aumento médio anual de 72% nos próximos cinco anos.
As estimativas dos outros cenários também foram atualizadas: no cenário principal, a projeção passou de US$ 710 mil para US$ 1,2 milhão; no cenário negativo, de US$ 300 mil para US$ 500 mil. Nestas perspectivas, o bitcoin teria um aumento médio anual de 53% e 32%, respectivamente.



Conforme o analista David Puell, a revisão para cima reflete o aumento do interesse institucional nas moedas digitais e a consolidação do bitcoin como “ouro digital”.
“Além das suas características de reserva de valor, as baixas barreiras de entrada do bitcoin proporcionam a pessoas com acesso à internet em mercados emergentes uma alternativa de investimento que pode resultar em valorização do capital ao longo do tempo — em oposição a investimentos defensivos como o dólar americano — para preservar o poder de compra e evitar as desvalorizações das suas próprias moedas nacionais”, afirma o analista.
Até o momento, a gestora utiliza estimativas de mercado total endereçável (TAM) e taxas de penetração para calcular o valor do bitcoin. Agora, também passou a levar em conta o fornecimento “ativo” da criptomoeda, desconsiderando moedas perdidas ou retidas em carteira por longos períodos.
Bitcoin busca se recuperar
Na semana passada, o bitcoin registrou o seu melhor desempenho semanal em mais de cinco meses, com alta acumulada de 11% e cotação em torno de US$ 95 mil, impulsionado por fortes entradas em fundos de índice (ETFs), apesar do cenário macroeconômico instável.
A valorização da criptomoeda superou o desempenho semanal de ativos tradicionais como S&P 500 (+4,5%), Nasdaq (+6,7%) e até o ouro (-1%). O dólar, por sua vez, segue em trajetória de enfraquecimento, favorecendo ainda mais o ambiente para ativos alternativos como as moedas digitais.
Os ETFs de bitcoin à vista listados nos Estados Unidos tiveram entradas líquidas superiores a US$ 3 bilhões, o maior volume semanal desde novembro.
Fonte: Money Times