As projeções de produção de soja e milho no Brasil para o período 2024/25 foram ampliadas hoje, sexta-feira (2), pela StoneX, que fez uma correção mais substancial para a segunda safra do cereal.
A empresa elevou sua estimativa para a safra total de milho no Brasil na temporada 2024/25 para 132,4 milhões de toneladas, o que representaria um aumento anual de 9,4%, porém ainda inferior ao recorde de 2022/23 (139,5 milhões de toneladas).
Essa elevação foi principalmente impulsionada por uma revisão positiva da segunda safra (“safrinha”), que foi ajustada de 101,6 milhões de toneladas para 104,3 milhões, uma variação positiva mensal de 2,7%, como destacado pela empresa de consultoria.




“O desenvolvimento das plantações nas regiões Centro-Oeste e Sul tem surpreendido de maneira positiva, com as condições climáticas de abril contribuindo de forma significativa”, afirmou o analista Raphael Bulascoschi em seu relatório.
Apesar da “confiança” no possível resultado da colheita de inverno de milho, a empresa não descartou a possibilidade de fazer novas modificações, dependendo da evolução do clima.
“O bom desempenho da safrinha tende a aliviar a atual situação de oferta limitada e pode impactar na estabilização dos preços, especialmente devido à demanda aquecida pelo etanol de milho e o incremento das exportações no segundo semestre”, conforme consta no relatório.
SOJA
Quanto à colheita de soja, que está praticamente concluída, foi estimada em um recorde de 168,4 milhões de toneladas, um crescimento de 0,5% em relação à previsão anterior, refletindo “o desempenho sólido da produção no Mato Grosso, que ultrapassou a marca de 50 milhões de toneladas”.
Em comparação com a temporada anterior, o aumento na produção de soja do Brasil, principal produtor e exportador mundial, é de 12,1%.
A projeção de exportação de soja do Brasil foi mantida em 107 milhões de toneladas, um possível recorde de envios, “favorecido também pela atual disputa tarifária entre Estados Unidos e China“.
“A China tem intensificado suas compras do Brasil neste momento de grande disponibilidade da oleaginosa, e continuamos atentos à demanda global”, declarou a analista Ana Luiza Lodi, da StoneX.
No ano anterior, as exportações brasileiras totalizaram 98,8 milhões de toneladas.
A StoneX também manteve a previsão de exportação de milho do Brasil, segundo maior exportador global do cereal, em 42 milhões de toneladas, em comparação com 38,5 milhões no ano anterior.
Fonte: Money Times