Nesta quarta-feira (7), é o Dia D: o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, sigla em inglês) divulgará a decisão sobre a taxa de juros nos Estados Unidos.
A previsão é de que o Federal Reserve anuncie a manutenção da taxa de juros, que está entre 4,25% e 4,25%. Esta escolha não surpreenderá, pois os líderes da autoridade monetária já anteciparam que a situação econômica atual exige cautela.
O que intriga os investidores são os próximos movimentos do Fed. Por um lado, a preocupação do banco central norte-americano está nos impactos das tarifas sobre os produtos importados impostas por Donald Trump na inflação e no mercado de trabalho.




Por outro lado, Jerome Powell foi alvo de críticas por Trump e está sob pressão da Casa Branca para um afrouxamento monetário mais acelerado.
O CME FedWatch indica que o mercado está dividido: 68% esperam a manutenção da taxa de juros na reunião de junho, enquanto 31,1% preveem uma redução de 0,25 ponto percentual. Apenas 0,9% aguardam uma redução maior, de 0,50 pp.
O presidente do Fed realizará uma conferência de imprensa logo após o anúncio da decisão monetária.
Também é destaque no mercado a informação de que os EUA e a China iniciarão negociações visando um acordo comercial. Em abril, os dois países intensificaram a guerra comercial com aumento das tarifas sobre produtos importados — 145% pelos EUA e 125% pela China.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o principal negociador de comércio, Jamieson Greer, se encontrarão com a autoridade econômica líder da China, na Suíça, sábado (10).
No entanto, Bessent mencionou que este primeiro diálogo focará na diminuição das tensões comerciais entre os países e não se espera um acordo relevante.
As bolsas asiáticas fecharam em alta, os mercados europeus operam em queda, enquanto os futuros de Wall Street sobem hoje. As criptomoedas têm desempenho positivo e o petróleo segue em alta.
O que aguardar do Ibovespa
No cenário nacional, a quarta-feira traz uma agenda repleta de indicadores, incluindo balança comercial, dados de produção industrial e índice de aluguéis residenciais.
Todavia, o foco dos investidores está na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de que o Banco Central opte por mais um aumento na taxa básica de juros, que atualmente está em 14,25% ao ano, após cinco elevações consecutivas, sendo três de 1 ponto percentual.
Para a reunião de maio, a elevação prevista é de 0,50 pp, elevando a Selic para 14,75% — maior nível desde agosto de 2006.
A incerteza gira em torno dos próximos passos do BC. Alguns analistas apostam em uma Selic final em 15%, ainda influenciada pela volatilidade geral do mercado. Outros consideram uma pausa na política de aperto monetário, levando em consideração que os riscos inflacionários são significativos, porém já estiveram mais altos.
Quanto às empresas, a temporada de divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25) continua com as apresentações de Klabin (KLBN11), Mercado Livre (MELI34), Bradesco (BBDC4), Minerva (BEEF3), Ultrapar (UGPA3), C&A (CEAB3), Guararapes (GUAR3), Vivara (VIVA3), Auren (AURE3), Engie Brasil (EGIE3) e Taesa (TAEE11).
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) encerrou em 133.515,82 pontos, com mínimo avanço de 0,02%. Enquanto o dólar comercial (USBRL) fechou a day-trade em R$ 5,7108, registrando incremento de 0,37% ante o real.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York, subiu 1,99% no after-market de ontem, cotado a US$ 27,14.
Agenda: Verifique os destaques planejados para hoje
Indicadores econômicos
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Morning Times: Confira as movimentações nos mercados desta quarta-feira (07)
Bolsas asiáticas
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Commodities
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Ótima quarta-feira e fique de olho no Money Times para se manter informado sobre as novidades do mercado!
Fonte: Money Times