O ramo de alimentação fora de casa teve mais um período de decréscimo. As comercializações em botequins e restaurantes caíram 1,6% em abril, conforme o Índice Abrasel-Stone, divulgado nesta quarta-feira (29).
Ao observar de maneira anual, a diminuição foi de 1,7%, refletindo um contexto de consumo ainda sob pressão devido à desaceleração econômica e à diminuição da atividade do mercado de trabalho.
Esse representa o segundo mês de baixa em 2025. Em março, o segmento havia progredido 3%, o que torna a situação atual mais instável. Segundo os especialistas, não é possível identificar com clareza uma direção para os meses subsequentes.
Taxa de Desemprego no Brasil Cai e Atinge Recorde de Carteiras Assinadas no Trimestre até Abril
CEO da Empiricus Aponta 3 Eventos Raros que Podem Impulsionar Microcaps na Bolsa Brasileira“Ocorreu um mês incomum. O feriado prolongado de Páscoa e Tiradentes impulsionou o movimento em áreas turísticas, mas reduziu a movimentação em zonas corporativas”, afirmou Paulo Solmucci, líder da Abrasel.
Além da sazonalidade, os valores nos menus também ascenderam. Conforme o relatório, diversos estabelecimentos elevaram os preços em abril para recompor margens após defasagens, o que pode ter afetado a procura.
O profissional em análise de dados da Stone, Matheus Calvelli, ratifica que o segmento tem apresentado oscilações ao longo do ano. “A queda de abril sucede um mês robusto. O Índice foi concebido justamente para monitorar esse tipo de variação e apoiar decisões estratégicas dos empreendedores”, declarou.
Apesar da retração nacional, o desempenho foi variável entre as regiões. Paraíba (+7,3%), Rio Grande do Norte (+6,4%) e Alagoas (+5,9%) lideraram as altas, impulsionadas por maior fluxo turístico. Em contrapartida, Tocantins (-5,9%), Roraima (-5,8%), Rio de Janeiro (-3,9%) e Minas Gerais (-3,8%) tiveram os piores desempenhos do mês.
O índice, relançado em cooperação entre a Stone e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), monitora mensalmente o desempenho de estabelecimentos em 24 estados brasileiros, com base na estrutura de pagamentos da Stone.
Fonte: Money Times
