Após aumentar o índice de juros básicos em 100 pontos base durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta semana, o BC publicou a transcrição com os motivos que levaram a Selic para 14,25% anualmente.
De acordo com o texto, algumas das principais razões para a escolha da entidade monetária foram o contexto nacional desafiador e a “elevada incerteza” em relação ao panorama externo.
No foco do mercado em relação à transcrição estava a indicação dos passos futuros da entidade monetária.

No documento, o Banco Central deu pistas de que pretende reduzir a intensidade dos ajustes na Selic na próxima reunião.
A sinalização reforçou a impressão do mercado de que os juros podem terminar em 15% em 2025. Contudo, na visão de Lais Costa, especialista em renda fixa da Empiricus, esta não é a hipótese mais plausível.
Em um relatório recente, a especialista apontou o que os investidores podem aguardar em relação à trajetória de juros em 2025 e três investimentos para buscar rendimentos acima da inflação.
Elevação da Selic pode continuar até o segundo semestre de 2025
Conforme o Boletim Focus, há 11 semanas consecutivas em que o mercado prevê uma Selic em 15% anualmente. Deste modo, considerando as perspectivas da pesquisa, o Banco Central teria que elevar os juros em 0,75% em maio.
Ou, alternativamente, realizar um aumento de 0,50% seguido por mais um de 0,25% nas duas próximas reuniões. Entretanto, na transcrição, a entidade monetária não especifica qual será a envergadura do próximo ou dos próximos ajustes.
No texto, o Banco Central reiterou que “a intensidade total do ciclo de aperto monetário será determinada pelo firme comprometimento de convergência da inflação à meta.”
Outrossim, a transcrição menciona que os próximos ajustes na Selic dependerão da “evolução da dinâmica da inflação”, assim como das projeções e expectativas para o IPCA.
Neste contexto, a opinião de Lais Costa é de que “o conjunto destes fatores sugere um aumento de 75 pontos-base (bps), seguido por mais um de 50 bps ou duas consecutivas de 50 bps. A segunda alternativa parece mais plausível”.
Ou seja, de acordo com as previsões da especialista, a Selic pode exceder os 15% projetados pelo mercado e encerrar 2025 entre 15,25% e 15,50%.
Assim, mesmo com a perspectiva de desaceleração no ciclo de elevação de juros, o investidor ainda terá que lidar com as taxas em patamares bastante elevados.
Esta situação tende a ser desfavorável para os ativos de risco. Entretanto, por outro lado, proporciona oportunidades para alcançar ótimos rendimentos na renda fixa. Neste contexto, a especialista está apostando em três títulos para buscar retornos acima da inflação.
Lucros reais de até 8,67%: conheça três títulos para ‘potencializar’ a sua carteira
Diante da possibilidade de uma Selic ainda mais alta, a recomendação da especialista são os títulos de crédito privado indexados à inflação.
Estes são títulos de dívida emitidos por bancos e corporações. Da mesma forma que os títulos do Tesouro, o prêmio destes ativos tende a subir diante do crescimento das expectativas de juros e inflação.
Entretanto, por serem emitidos por entidades privadas, o prêmio de risco desses ativos costuma ser superior aos do Tesouro. Para ilustrar, entre as sugestões da especialista está um ativo com taxa líquida de IPCA + 8,67%.
Portanto, o investidor tem a chance de obter um rendimento acima da inflação de 8,67% anualmente. Por consequência, são conhecidos como renda fixa “potencializada”.
A excelente notícia é que você pode ter acesso às sugestões da Lais Costa de modo gratuito. O Seu Dinheiro — site parceiro do Money Times — está disponibilizando como cortesia a carteira com as melhores ideias para investir em renda fixa no atual cenário da Selic.
Para conferir, basta clicar no botão abaixo e seguir as instruções:
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Fonte: Crypto Money