O Organização Mundial Bancária calculou neste dia de terça-feira (29) que o decréscimo do progresso mundial, em parte causado pela instabilidade comercial, acarretará na redução global de valores de mercadorias em 12% em 2025 e mais 5% em 2026, alcançando os mínimos da década em termos reais.
O mais atual relatório ‘Vistas dos Mercados de Produtos Básicos’ apresenta que, corrigidos pela deflação, os valores de mercadorias serão equivalentes à sua média entre 2015 e 2019 nos próximos dois anos, marcando o término de um surto de valores impulsionado pela recuperação financeira após o surto de Covid-19 e pela invasão daUcrânia pela Rússia em 2022.
A diminuição pode reduzir os perigos de inflação imediata provenientes das últimas taxas dos EUA e do aumento das barreiras comerciais em todo o globo, porém também pode ter efeitos contraproducentes para as economias em desenvolvimento que exportam mercadorias.



“Os valores mais altos de produtos básicos têm sido uma dádiva para muitas economias em desenvolvimento, dois terços das quais são exportadoras de mercadorias”, disse o principal economista do Organização Mundial Bancária, Indermit Gill, em uma declaração.
“Porém, atualmente, estamos presenciando a maior flutuação de valores em mais de 50 anos. A mistura de subida flutuação de valores e valores baixos acarreta problemas.”
Ele comunicou que esses países deveriam liberalizar o comércio sempre que viável, reestabelecer a prudência financeira e criar um ambiente mais propício aos negócios para atrair o capital privado.
O acréscimo dos valores de energia adicionou mais de dois pontos percentuais à inflação global em 2022, porém a baixa dos valores em 2023 e 2024 auxiliou a moderar a inflação, conforme relatório do Organização Mundial Bancária.
Prevê-se que os valores de energia diminuam 17%, atingindo seu ponto mais baixo em cinco anos, antes de cair mais 6% em 2026, como indicado no relatório.
A previsão é que os valores do petróleo cru Brent alcancem uma média de US$ 64 por barril em 2025 – uma redução de US$ 17 em comparação com 2024 – e apenas US$ 60 por barril em 2026, devido à ampla oferta e à descida da procura, em parte resultante da rápida aceitação de automóveis elétricos na China.
Os valores do carvão deveriam retrair 27% em 2025 e mais 5% em 2026, com a abrandamento do avanço do consumo de carvão para geração de energia nas economias em desenvolvimento.
Segundo o relatório, os valores dos alimentos também estão programados para diminuir, recuando 7% em 2025 e mais 1% em 2026, apesar disso terá pouco impacto na instabilidade alimentar em alguns dos países mais vulneráveis, pois a assistência humanitária está diminuindo e os conflitos armados estão a intensificar a fome aguda.
O relatório do Banco Mundial também antecipa que os valores do ouro provavelmente estabelecerão um novo recorde em 2025, à medida que os investidores buscam refúgios seguros para o capital em meio à crescente incerteza, porém permanecerão estáveis em 2026.
Fonte: Money Times