As autoridades da Polícia Civil de São Paulo capturaram um indivíduo na noite de quinta-feira (3) por suposta participação em uma invasão cibernética à organização de tecnologia C&M Software, delito que veio à tona no último dia de quarta-feira (2). Os dados foram fornecidos pelo G1.
A violação cibernética transferiu grandes somas financeiras da empresa, que facilita a conexão entre bancos e entidades financeiras com o sistema Pix do Banco Central. A quantia desviada, ainda não confirmada pelas autoridades, pode atingir US$ 1 bilhão.
Conforme investigações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o indivíduo detido, João Nazareno Roque, trabalha para a companhia de tecnologia C&M, que presta serviços à BMP, uma organização financeira. Uma conta com R$ 270 milhões foi utilizada para receber o dinheiro desviado e já foi bloqueada. O inquérito examina a eventual participação de outros indivíduos.



Roque possuía acesso, via seu dispositivo de trabalho, ao sistema bancário empregado pelos hackers no ataque. Leia mais sobre o incidente neste link. Ele foi detido na região de City Jaraguá, na Zona Norte de São Paulo.
Invasão cibernética à C&M: Recapitulando o caso
O ciberataque que afetou pelo menos seis bancos gerou agitação no mercado financeiro no último dia de quarta-feira.
A companhia atua como prestadora de serviços bancários (bank as a service, ou BaaS) de tecnologia para instituições que oferecem contas internacionais e não possuem infraestrutura própria de conexão.
Sendo assim, o Banco Central determinou a interrupção do acesso da C&M Software às instituições operadas pela empresa. O sistema foi restabelecido na quinta-feira anterior.
Informações obtidas pela equipe de criptomoedas do Money Times, o , indicam um aumento substancial no volume de transações em corretoras e plataformas de criptomoedas, sugerindo que o montante foi convertido em ativos digitais.
Por ora, não há confirmação sobre o valor total recuperado. Fontes ligadas ao caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP conseguiu recuperar aproximadamente R$ 150 milhões graças ao MED (Mecanismo Especial de Devolução), que possibilita a reversão de transações feitas via Pix.
Fonte: Money Times