A saga da compra Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), confirmada no último dia útil (28), está em evolução.
O líder do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem um encontro marcado com Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master, para avaliar o processo de aquisição da instituição. Ontem, teve um encontro com Paulo Henrique Costa, chefão do BRB.
A negociação está sendo avaliada em R$ 2 bilhões, sendo que o BRB vai adquirir 48% das ações ordinárias (com direito a voto) do Master, e 100% das preferenciais.




Os rumores indicavam que o BC poderia vetar a compra. Segundo notícias do jornal O Globo, a operação é arriscada, visto que o banco enfrenta dificuldades para captar recursos e vinha pagando juros muito acima dos concorrentes, de 140% do CDI em seus CDBs.
Outras instituições financeiras privadas cogitaram a compra, mas desistiram da proposta devido aos ativos arriscados, como títulos públicos resgatáveis e papéis de empresas em dificuldades. Contudo, o Estadão afirma que o BTG Pactual também pode se envolver na aquisição de partes do Master, especialmente a carteira de títulos públicos.
No pregão anterior, o Ibovespa (IBOV) enfrentou mais um dia de pressão externa devido à expectativa pelo anúncio do “tarifaço” dos Estados Unidos ao longo da semana.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou a 130.259,54 pontos, registrando uma queda de 1,25%. No mês, o Ibovespa apresentou um avanço de 6,80%.
Já o dólar à vista (USBRL) fechou as negociações em R$ 5,7053, com uma redução de 0,98%. Em março, a moeda norte-americana caiu mais de 3% em relação ao real.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, permaneceu inalterado no pós-fechamento do mercado ontem, cotado a US$ 25,85.
O que aguardar de Wall Street
Internacionalmente, a expectativa é grande enquanto os Estados Unidos ainda não divulgaram suas tarifas recíprocas, que devem ser anunciadas por Donald Trump na quarta-feira (2), um evento que está sendo chamado pelo presidente de “o dia da Libertação” dos EUA.
Ontem, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), publicou um relatório acusando 59 países — incluindo o Brasil — de imporem diversas barreiras e tarifas sobre produtos americanos.
No caso do Brasil, o relatório indica que o governo aplica tarifas relativamente elevadas sobre as importações em vários setores, incluindo automóveis, peças de automóveis, tecnologia da informação e eletrônicos, produtos químicos, plásticos, máquinas industriais, aço, têxteis e vestuário.
O USTR alerta que a “falta de previsibilidade” das tarifas brasileiras dificulta os esforços dos exportadores norte-americanos para estimar custos ao conduzirem negócios no país, que estabelece restrições e exige cláusulas de compensação nos contratos. Em outras palavras, o Brasil está na mira das tarifas recíprocas.
Na semana passada, Trump tentou acalmar os investidores, sugerindo que as tarifas podem ser menores do que o previamente estimado, porém a apreensão persiste. A análise é que as medidas protecionistas resultarão inevitavelmente em um aumento dos preços, afastando a taxa de inflação da meta de 2%, um objetivo perseguido pelo Federal Reserve nos últimos anos.
As bolsas asiáticas fecharam em alta. Os mercados europeus também estão em ascensão, enquanto os futuros de Wall Street operam de forma mista nesta manhã.
Agenda: Confira os eventos programados para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad*
*Paris (Fuso horário: +5h do horário de Brasília)
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Veja a situação dos mercados nesta manhã de terça-feira (1)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
Uma terça-feira proveitosa e não deixe de acompanhar o Money Times para se manter atualizado sobre as novidades do mercado!
Fonte: Crypto Money