O setor de escritórios corporativos de luxo em São Paulo deu início a 2025 com indicadores encorajadores, conforme apontado em relatório do BTG Pactual. A taxa média de desocupação, que mensura os espaços vazios, diminuiu para 17,6% nos primeiros três meses deste ano, em comparação com 19,3% no 4T24, atingindo o menor nível para um primeiro trimestre desde 2020.
Além disso, a ocupação líquida — resultado da diferença entre a área alugada e a devolvida — no 1T25 foi de 99,5 mil m², um pouco acima do registrado no final de 2024 (94,3 mil m²), evidenciando que a procura por escritórios corporativos permanece alta, de acordo com os analistas do banco.
Chances em valores e localizações
O documento do BTG revela que, em termos de performance, a área da Chucri Zaidan se destacou mais uma vez, com redução de 3% na desocupação na comparação trimestral e ocupação líquida de 28 mil m².



O local oferece preços mais acessíveis do que regiões mais tradicionais, como Pinheiros e Vila Olímpia, o que pode representar uma boa oportunidade para interessados que buscam escritórios corporativos com maior flexibilidade comercial.
Por outro lado, a Faria Lima continua sendo a área mais dispendiosa do estado de São Paulo. O espaço teve bom desempenho neste início de ano, com aumento de 6,8% no preço solicitado, alcançando em média R$ 260 por m², com propriedades recém-construídas pedindo até R$ 330/m².
Para investidores, isso indica que, apesar dos preços mais altos, a demanda e a valorização permanecem fortes.
Oportunidades de custo
Outras regiões também exibiram desempenho positivo, mesmo que de maneira mais moderada. A Chácara Santo Antônio, por exemplo, apesar de ainda apresentar alta desocupação (42,3%), registrou a maior ocupação líquida do trimestre após a Chucri Zaidan, impulsionada pela locação da XP no Edifício Luna Nova.
Esse movimento de “flight-to-cost”, no qual as empresas buscam imóveis mais baratos em áreas menos valorizadas, tende a crescer, conforme apontam os analistas, criando boas oportunidades para investidores focados no custo-benefício.

Perspectivas para 2025 nos escritórios corporativos
O BTG analisa que, apesar de uma atividade econômica no Brasil mais fraca e da entrega de novos empreendimentos ao longo do ano, o mercado de escritórios corporativos deve manter perspectivas positivas.
As áreas mais procuradas, como Faria Lima e Chucri Zaidan, devem manter a elevada ocupação e a resiliência nos preços solicitados. Já os locais com maior desocupação deverão se beneficiar à medida que as empresas buscam imóveis mais acessíveis, o que poderá resultar em ajustes nos valores, de acordo com os analistas.
Fonte: Money Times