O Banco Central está lidando com uma dinâmica de inflação desafiante, o que justifica a extensão do período de aperto monetário, declarou nesta terça-feira (29) o líder da instituição, Gabriel Galípolo.
Durante a coletiva de imprensa sobre o Relatório de Estabilidade Financeira, Galípolo reafirmou que está mantida a perspectiva apresentada pelo Copom em março, quando aumentou a taxa Selic em um ponto percentual, para 14,25% ao ano, e apontou para um próximo aumento menor em maio.
Galípolo também sublinhou que o Banco Central está monitorando os efeitos retardados da política monetária e percebe que a incerteza no cenário requer maior cautela e flexibilidade.

Ele também afirmou que o BC não está desconfortável com a meta de inflação de 3%, argumentando que o Brasil se diferencia de outros países ao manter um vigor econômico apesar das taxas de juros altas.
O presidente do BC reiterou que, devido à menora eficácia na transmissão da política monetária no Brasil, muitas vezes é necessário manter as taxas de juros em patamares mais elevados para alcançar o mesmo impacto.
Segundo ele, é curioso notar que vários setores e empresas têm acesso a linhas de crédito com custos inferiores à taxa básica de juros estipulada pelo BC.
Na entrevista, ao ser questionado sobre a aquisição do Banco Master pelo BRB, ele afirmou que não há ameaça sistêmica, garantindo que o sistema financeiro está robusto.
Fonte: Money Times