A alta dos preços no Brasil deve ser menos intensa em março, devido ao impacto do retorno do bônus de Itaipu apurado no mês anterior. A previsão é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumente 0,54% no último mês, após incremento de 1,31%.
Ao longo de 12 meses, a taxa deve apresentar um acúmulo de elevação de 5,46%, de acordo com a mediana das estimativas compiladas pelo Money Times. A divulgação está programada para as 9h (fuso horário de Brasília) desta sexta-feira (11).
A especialista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, afirma que, em março, o custo da eletricidade deve contribuir com cerca de -0,66 ponto percentual (p.p.).


Combustíveis (-0,07 p.p.), alimentos consumidos em casa (-0,02 p.p.) — sobretudo, legumes e verduras, frutas, aves e ovos –, comunicações (-0,02 p.p.) e ensino (-0,27 p.p.) também devem se destacar negativamente.
Por outro lado, Angelo indica que há poucos pontos de alerta para a inflação, mas é esperado um aumento modesto nos segmentos de itens de casa e saúde e beleza pessoal.
No aspecto qualitativo, a inflação deve registrar melhorias parciais, com os núcleos de serviços e serviços essenciais diminuindo pelo segundo mês consecutivo. Os serviços devem passar de 0,82% no IPCA de fevereiro para 0,57% no fechamento de março, enquanto os essenciais devem variar de 0,69% para 0,57%.
Em contrapartida, a estrategista observa um movimento distinto para o núcleo de serviços intensivos em mão de obra. A Warren prevê um aumento de 0,70%, em comparação com 0,64% e 0,63% nas duas últimas divulgações. “Para o ano de 2025, estimamos aumentos de 6,65%, 6,69% e 6,93% para os três núcleos, respectivamente”, declara.
A projeção da empresa para o IPCA de março é de 0,50%, com variação em 12 meses de 5,41%. Para o ano, eles preveem uma inflação de 5,5%, com um balanço de riscos majoritariamente inclinado para o lado negativo, embora também existam riscos positivos relevantes.
Fonte: Money Times