No período de junho, as áreas de comércio varejista e prestações exibiram desempenhos variados. Enquanto o setor varejista demonstrou indícios de reabilitação, as prestações continuaram a declinar. Isso é o que evidencia o índice IGet, elaborado pelo Banco Santander em cooperação com a Getnet, para monitorar o desenvolvimento do setor de varejo no Brasil.
Leandro Silva, analista do Santander, afirmam que embora a política monetária restritiva siga impactando a atividade econômica, o mercado de trabalho aquecido pode contribuir para amenizar uma desaceleração mais intensa. “A nova proposta de empréstimo consignado para funcionários do setor privado pode proporcionar suporte adicional à demanda.”, enfatiza.
No entanto, o analista adverte que a elevada inflação e os desafios internacionais podem representar entraves ao crescimento tanto do varejo quanto das prestações.
Percepções diversas para comércio varejista e prestações em junho
O índice IGet Varejo indicou um decréscimo de 0,4% no indicador abrangente, em relação ao mês anterior. Esse resultado marca o terceiro declínio consecutivo.
Adentro do índice, o ramo de carros, componentes e peças registrou um sutil aumento de 0,5%, enquanto os insumos para construção experimentaram uma queda de 2,9%, refletindo a diminuição no segmento.
No entanto, apesar do decréscimo, os demais dados do setor foram favoráveis. Em relação ao mesmo período do ano anterior, por exemplo, houve um crescimento de 6,1%.
Paralelamente, o índice registrou uma leve elevação de 0,3% no mês, com destaque para o bom desempenho de vestuário (+2,5%), supermercados (+2,3%) e combustíveis (+0,3%). Por outro lado, móveis e eletrodomésticos (-3,1%) e produtos farmacêuticos (-4,2%) apresentaram decréscimos.
Já o índiceIGet Prestações, por sua vez, experimentou uma redução de 4% em relação ao mês passado, acumulando o nono resultado negativo consecutivo. Em comparação com o ano anterior, a queda foi de 13,2%, marcando o nono resultado negativo seguido para o setor.
Enquanto os segmentos de hospedagem e alimentação declinaram 4,4% no último mês, outros serviços apresentaram um decréscimo de 6%.
Fonte: Money Times