O secretário da Economia, Carlos Jobim, reiterou nesta sexta-feira (11) que o “Brasil possui um amortecedor de proteção contra agitações externas”. Conforme o secretário, o país dispõe atualmente de reservas em moeda estrangeira, um saldo comercial positivo e uma excelente safra para enfrentar os eventuais perigos relacionados às taxas que estão sendo impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Está em andamento um processo que nós precisamos observar como vai terminar. Entretanto, da mesma forma que em outras crises, como em 2008, quando enfrentamos uma grande crise financeira, o Brasil agora possui de US$ 75 bilhões a US$ 95 bilhões de superávit comercial. O Brasil detém mais de US$ 300 bilhões em reservas em moeda estrangeira”
O secretário destacou que o Brasil mantém relações comerciais com o mundo inteiro e só expande mercados desde que o presidente Lula começou seu mandato.




“Estamos em uma situação em que não estamos endividados com ninguém”, afirmou.
“Desde que liquidou sua dívida externa, acumulou superávit comercial e preserva reservas em moeda estrangeira, o Brasil possui um amortecedor de proteção para se resguardar de perturbações externas. Isso já ocorreu em 2008 e pode se repetir agora”, frisou.
Para o secretário, apesar de ainda ser complicado prever seus efeitos, a sobretaxa poderá, de certa maneira, ajudar no incremento das exportações brasileiras e também impulsionar o acordo do Mercosul com a União Europeia.
“O Brasil, na minha opinião, ocupa uma posição vantajosa devido ao fato de que estão aumentando suas exportações para os três principais blocos econômicos. Nós vendemos mais para os Estados Unidos, para a União Europeia e para a China. Possuímos um pacto de livre comércio firmado com a União Europeia que, na minha visão, será acelerado em decorrência do que ocorreu”, expressou.
“O Brasil pode enfrentar qualquer situação externa e possui condições de vencê-la. Contudo, é evidente que se o mundo estiver mal, isso afeta todo mundo”, alertou.
O secretário admitiu que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) poderá sofrer algum impacto em razão do atual cenário econômico global.
“Nós podemos, eventualmente, diante dos movimentos, sofrer alguma influência”, analisou.
O secretário prevê que a economia brasileira deva encerrar este ano com crescimento de 2,5% e que a inflação pode voltar a se “comportar em níveis mais adequados” ao longo do ano.
As declarações foram feitas em entrevista à BandNews TV.
Fonte: Agência Brasil