O secretário do Tesouro, Fernando Haddad, declarou que a equipe financeira cancelou uma parte das alterações divulgadas referentes ao Tributo sobre Operações Monetárias (IOF) para “impedir especulações”.
Durante sua fala na última sexta-feira (23), Haddad mencionou ter recebido “uma série de informações de pessoas que atuam no mercado”, evidenciando que a taxa de 3,5% sobre transferências para investimentos no exterior poderia acarretar questões e transmitir uma mensagem equivocada.
“Concluímos que, segundo as informações recebidas, seria sensato reavaliar esse ponto para evitar suposições sobre propósitos que não são da Fazenda ou do governo, de desencorajar investimentos fora [do país]. Isso não tinha qualquer relação. Portanto, julgamos apropriado proceder com uma revisão”, acrescentou.



O ministro também incluiu que, desta vez, não houve uma reação “excessiva” por parte do mercado às divulgações.
“Não julguei [a reação] exagerada. Em dezembro, houve aquela reação demasiada [ao pacote fiscal] que depois se equilibrou, depois que as medidas de novembro foram esclarecidas. Havia um grande preconceito em relação ao projeto do Tributo de Renda. Quando foi esclarecido, amenizou”, afirmou o ministro. “Desta vez, não. Não houve desinformação. Houve uma reação informando de maneira correta as implicações, o que levou à revisão”, completou.
Compreenda as alterações no IOF
No dia anterior (22), o governo federal divulgou modificações no Tributo sobre Operações Monetárias (IOF) para crédito de empresas, previdência e operações de câmbio. Com essa medida, o Ministério da Fazenda estima uma arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões para 2026.
Todavia, algumas horas depois, o grupo financeiro voltou atrás e anulou o aumento de IOF sobre investimentos de fundos nacionais no exterior e transações internacionais para investimentos.
Fonte: Money Times