O líder do BC, Gabriel Galípolo, comunicou, na data presente (26), que não há um elemento específico que sirva como gatilho para que o Comitê de Política Monetária (Copom) determine reiniciar o ciclo de elevação da Taxa Selic.
Galípolo expressou em uma coletiva de imprensa referente ao Relatório de Política Monetária que “Analisamos um conjunto de indicadores”.
Na última reunião, os diretores incrementaram as taxas em 0,25 ponto percentual (p.p.), para 15% ao ano, e indicaram a suspensão da política de aperto e a manutenção da taxa no patamar atual por um período “extremamente prolongado”. No entanto, mencionaram a possibilidade de retomar o ajuste monetário, se considerarem apropriado.




Galípolo indicou, durante a coletiva, que existe um atraso no impacto da política monetária. “Os juros que estão impactando a economia atualmente não se originam da atual Taxa Selic”, justificou a pausa no aperto.
No comunicado, o Copom declarou que irá “avaliar os reflexos acumulados do ajuste já efetuado, ainda por serem verificados, e posteriormente avaliar se o nível vigente da taxa de juros, considerando sua manutenção por um período bastante extenso, é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta estabelecida.”
O chefe do BC enfatizou hoje que diversas estratégias podem ser adotadas para alcançar o centro da meta de índice de preços e reforçou o compromisso das autoridades em atingi-la. A meta oficial é de 3%, com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
Também mencionou que não há uma ligação “automática” entre o balanço de riscos para a inflação divulgado pela autarquia em seus comunicados e a condução da política monetária.
A escolha do BC em não especificar se seu balanço de riscos ascendentes e descendentes para a inflação é simétrico ou assimétrico teve como objetivo evitar “ponderação de riscos” para um lado e para o outro como uma indicação do que o BC fará.
*Baseado em informações da Reuters
Fonte: Money Times