O Diretor de Investimentos da Legacy Capital, FelipeGuerra, enfatizou que o panorama global está sendo favorável ao Brasil, que se sobressai entre os países em desenvolvimento, mesmo sem realizar esforços específicos para alcançar essa posição. Segundo Guerra, é possível esperar um acréscimo de 0,25 a 0,50 ponto percentual da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Entretanto, ele acredita que este ciclo de elevações da taxa básica de juros chegou ao fim.
A declaração foi feita durante o segundo dia do GAFFFF (Global Agribusiness Festival), durante o painel “Macroeconomia: Compra ou vende?”.
“Estamos presenciando uma situação geopolítica bastante intensa e essas taxas e punições internacionais estão causando desconforto. Percebemos que os investidores estão reduzindo suas posições nos Estados Unidos, especialmente após um período de dólar muito valorizado. Visualizo um mercado em baixa estrutural para o dólar, embora, a longo prazo, continue sendo um ativo muito sólido”.




“Talvez tenhamos uma redução nas taxas de juros no último trimestre de 2025 ou no primeiro trimestre de 2026. De maneira geral, estamos vivenciando um período positivo para a Bolsa brasileira e norte-americana, bem como para commodities e moedas”, complementa Guerra.
Questionado sobre os investimentos que não despertam o interesse da gestora, Guerra afirmou que a Legacy “não aprecia o dólar de forma geral e investir em juros nos EUA”.
Por outro lado, Alex Lima, estrategista principal na DA Economics, explica que para haver reduções nos juros nos Estados Unidos, a inflação no país precisa estar mais estável.
“Visualizamos uma pressão inflacionária no segundo semestre, no entanto, acredito que os cortes serão adiados para o próximo ano. Além disso, enxergamos potencial para uma valorização do real e sua proximidade com os R$ 5,40 e R$ 5,50 nas próximas semanas”.
Fonte: Money Times