O mercado encerra o período avaliando os registros de empregabilidade nos Estados Unidos, mensurados pelo índice payroll.
A estimativa consiste na abertura de 137 mil novos postos de trabalho em março — uma desaceleração em comparação com os 151 mil empregos anotados em fevereiro. Além disso, a taxa de desemprego deve permanecer inalterada em 4,1%.
As outras análises de mercado de emprego — divulgadas ao longo da semana, porém deixadas de lado devido à tensão com as taxas de Donald Trump — sugerem um cenário distinto. O Relatório ADP reportou a geração de 155 mil novos postos de trabalho no setor privado no mês passado, acima das previsões de 115 mil vagas.



Por outro lado, o Levantamento de Vagas de Emprego e Rotatividade de Trabalho (Jolts) observou a redução do número de vagas de 7,8 milhões para 7,6 milhões, contudo, esses dados correspondem a fevereiro.
Além das informações sobre emprego, o foco dos investidores também está direcionado ao Federal Reserve. O líder Jerome Powell tem uma apresentação agendada no Society for Advancing Business Editing and Writing (SABEW) Annual Conference. Ele pode indicar alguns sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária após a confusão causada pelas medidas protecionistas de Trump.
Anteriormente, as expectativas apontavam para cortes nas taxas de juros ainda neste ano. Contudo, membros do Fed já comunicaram que o aumento da incerteza e uma possível alta da inflação podem exigir a manutenção prolongada das taxas de juros.
As bolsas asiáticas encerraram em baixa, assim como o mercado europeu e os contratos futuros de Wall Street operam em declínio acentuado neste período matutino.
O que aguardar do Ibovespa
Mesmo considerando que o Brasil se beneficiou com uma das taxas mais baixas, as autoridades brasileiras não aprovaram a decisão, alegando que os norte-americanos apresentam superávit nas relações comerciais com o país.
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou que mesmo com a taxa mais baixa, isso não significa que foi positivo para o Brasil.
“Mesmo que o Brasil tenha sido contemplado com a menor taxa, para os demais países foi muito pior. Para nós também foi desvantajoso. Ninguém sai beneficiado em uma guerra tarifária, o conjunto sai prejudicado. Isso não é favorável nem para os EUA, pois encarece os produtos”, relatou no podcast Blog Magno da Folha de Pernambuco.
A estratégia do governo é optar pela via da negociação. No entanto, por precaução, o Congresso já aprovou um projeto que estabelece a Lei da Reciprocidade e o governo não exclui a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Ibovespa (IBOV) tentou superar a grande cautela internacional após as medidas tarifárias de Trump e chegou a ultrapassar os 132 mil pontos durante a sessão. No entanto, em meio à queda das ações de maior peso, o índice encerrou a sessão próximo da estabilidade.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em 131.140,65 pontos, com leve queda de 0,04%.
dólar à vista (USBRL) encerrou as transações em R$ 5,6281, com recuo de 1,20% em relação ao real — no nível mais baixo em seis meses.
iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, declinou 0,49% no after-market de ontem, cotado a US$ 26,20.
Programação para hoje
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Morning Times: Mercados na manhã desta sexta-feira (4)
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