O Comitê de Política Monetária (Copom) deverá optar por uma nova elevação da taxa Selic, aumentando os juros em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano. Os membros do Banco Central estarão reunidos hoje (6) e amanhã (7) para estabelecer o destino da taxa básica de juros.
Conforme relatório do Itaú BBA, apesar da diminuição progressiva da economia e de um cenário internacional mais incerto – com possíveis efeitos desinflacionários – o Banco Central mantém a preocupação com as perspectivas de inflação desajustadas, o espaço positivo da produção e projeções que continuam acima da meta.
Nesse sentido, o Copom deverá manter uma postura restritiva, mesmo que de forma mais suave. A expectativa é de decisão unânime, acompanhando a indicação fornecida na última reunião e os dados mais recentes sobre inflação e atividade econômica.




“Por um lado, a desaceleração gradual da atividade doméstica e a maior incerteza externa, com possíveis impactos desinflacionários líquidos. Por outro lado, as expectativas de inflação desajustadas (ainda que tenham parado de piorar), o espaço positivo e as projeções do próprio Banco Central indicam, atualmente, a necessidade de continuar avançando em território restritivo”, afirma o documento.
O banco aponta que o equilíbrio de riscos permanece desigual para direção positiva, embora em menor intensidade. O panorama internacional mostra sinais de alívio inflacionário, especialmente em economias emergentes, porém a incerteza global requer cautela. A persistência da inflação e a lenta convergência das expectativas reforçam a importância da vigilância em relação à Selic.
O cenário internacional também apresenta desafios. A volatilidade do câmbio, o aumento do risco país e a queda nos preços do petróleo refletem maior incerteza sobre a demanda global e o desempenho das principais economias. A taxa dos títulos do Tesouro americano de 10 anos também se elevou, indicando pressão sobre os mercados emergentes.
Fonte: Money Times