Valentões detestam ceder terreno — e quando isso ocorre, buscam logo um novo antagonista. Na arena das relações internacionais, Donald Trump desempenha esse papel e agora focaliza o Brics como seu próximo alvo.
Hoje, expira o prazo para o fim das tarifas recíprocas mais baixas aplicadas a países que ainda não selaram acordos comerciais com os Estados Unidos.
A maior parte das nações, porém, não está disposta a negociar com Trump: até o momento, somente o Reino Unido e o Vietnã fecharam acordos abrangentes. Um entendimento com a China sobre minérios raros também foi divulgado, mas sem consenso sobre tarifas.




Diante da fraca adesão, a política de pressão de Trump — caracterizada por ameaças e imposições — pode ser adiada. Trump afirma que assinou cartas para 12 países descrevendo as barreiras comerciais que eles enfrentariam sobre os produtos que exportam para os EUA, sendo que essas tarifas começam a valer, na verdade, no dia 1º de agosto. Para outras nações o imposto de importação pode subir já nessa semana.
Na tentativa de demonstrar que ainda exerce influência sobre a economia global, Trump elevou o tom e advertiu os países que se alinharem ao Brics com tarifa adicional de 10%. A declaração foi feita após os líderes do bloco reprovarem o aumento unilateral de tarifas que “distorcem o comércio”.
“Qualquer país que se alinhe com as políticas antiamericanas dos BRICS será submetido a uma TARIFA ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a essa política”, comunicou Trump.
Internacional
No cenário internacional, os mercados monitoram indicadores econômicos da Europa e permanecem atentos à escalada das tensões comerciais envolvendo os EUA. As vendas no varejo da zona do euro diminuíram 0,7% em maio em relação ao mês anterior, resultado dentro das expectativas. Entretanto, na comparação anual, houve ascensão de 1,8%, superando a previsão dos analistas de 1,2%.
As bolsas asiáticas encerraram em sua maioria em baixa, refletindo a cautela dos investidores às vésperas da decisão dos EUA sobre a implementação de novas tarifas comerciais. Na Europa, os índices operam em alta, enquanto os futuros de Wall Street retornam do feriado da Independência em baixa.
Petróleo
O petróleo avança, depois da Opep+ concordar com um aumento na oferta de 548 mil barris por dia, acima do esperado pelos analistas.
Criptomoedas
As criptomoedas têm uma manhã promissora. O bitcoin (BTC) opera próximo nos US$ 108 mil, apresentando um acréscimo de 0,08%. Já o ethereum (ETH) progride 2,3%, sendo negociado nos US$ 2.500.
Brasil
IGP-DI de junho, que pode oferecer pistas sobre a trajetória dos preços no atacado, e o Relatório Focus, com as novas projeções do mercado para inflação, juros e crescimento. Mais tarde, a Anfavea divulga os dados de produção e vendas de veículos no mês passado.
No campo político, a crise entre o governo e o Congresso foi colocada em compasso de espera. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu os atos sobre o aumento do IOF e agendou uma audiência de conciliação entre os poderes para o dia 15 de julho. A medida reduz a tensão institucional, ao menos temporariamente.
Ibovespa
Ibovespa (IBOV) concluiu a sessão com elevação de 0,24%, aos 141.263,56 pontos, no maior patamar nominal da história. O recorde prévio foi estabelecido ontem (3), ao fechar aos 140.927,86 pontos.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, permanece estável desde quinta-feira (3), devido ao feriado nos EUA, cotado a US$ 29,31.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta segunda-feira (7)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
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Fonte: Money Times