Valentões não suportam ceder terreno — e quando isso acontece, logo procuram um novo adversário. No contexto das relações internacionais, Donald Trump desempenha esse papel e agora mira o Brics como seu próximo alvo.
O prazo para o término das tarifas recíprocas mais baixas aplicadas a países que ainda não fecharam acordos comerciais com os Estados Unidos termina nesta quarta-feira (9).
A maioria das nações, porém, não está disposta a negociar com Trump: até o momento, apenas o Reino Unido e o Vietnã fecharam acordos abrangentes. Um compromisso foi anunciado com a China sobre terras raras, porém sem acordo sobre tarifas.


Diante da baixa adesão, a estratégia de pressão de Trump — marcada por ameaças e imposições — pode ser adiada. Trump alega ter enviado cartas para 12 países descrevendo as barreiras comerciais que eles enfrentariam sobre os produtos que exportam para os EUA, sendo que essas tarifas deveriam entrar em vigor somente em 1º de agosto. Para outras nações, o imposto de importação pode subir já nesta semana.
Na tentativa de demonstrar que ainda mantém controle sobre a economia global, Trump elevou o tom e advertiu os países que se alinharem ao Brics com tarifa adicional de 10%. A declaração ocorreu após os líderes do bloco criticarem o aumento unilateral de tarifas que “perturbam o comércio”.
“Qualquer país que se alinhe com as políticas contrárias aos BRICS pagará uma TARIFA ADICIONAL de 10%. Não faremos exceções a essa diretriz”, escreveu Trump.
Internacional
Nos assuntos internacionais, os mercados observam indicadores econômicos da Europa e permanecem vigilantes em relação ao aumento das tensões comerciais envolvendo os EUA. As vendas no varejo da zona do euro caíram 0,7% em maio em relação ao mês anterior, resultado dentro da expectativa. No entanto, comparado ao ano anterior, houve um aumento de 1,8%, superando a previsão dos especialistas de 1,2%.
As bolsas asiáticas fecharam em sua maioria em baixa, refletindo a cautela dos investidores antes da decisão dos EUA sobre a implementação de novas tarifas comerciais. Na Europa, os índices estão em alta, enquanto os futuros de Wall Street sofrem queda após o feriado do Dia da Independência.
Petróleo
O petróleo avança, após a Opep+ concordar com um aumento na oferta de 548 mil barris por dia, acima do esperado pelos analistas.
Criptomoedas
As criptomoedas estão em alta pela manhã. O bitcoin (BTC) está próximo dos US$ 108 mil, apresentando um aumento de 0,08%. Enquanto o ethereum (ETH) sobe 2,3%, sendo negociado por volta dos US$ 2.500.
Brasil
No cenário nacional, destacam-se os indicadores relevantes, como o IGP-DI de junho, que pode oferecer insights sobre a trajetória dos preços no atacado, e o Relatório Focus, com as novas previsões do mercado para inflação, juros e crescimento. Mais tarde, a Anfavea divulgará os dados de produção e vendas de veículos no mês anterior.
No âmbito político, a crise entre o governo e o Congresso foi temporariamente contida. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu as ações relativas ao aumento do IOF e agendou uma audiência de conciliação entre os poderes para 15 de julho. Essa medida reduz a tensão institucional, ao menos por enquanto.
Ibovespa
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) encerrou com ganho de 0,24%, atingindo 141.263,56 pontos, o maior patamar nominal da história. O recorde anterior foi estabelecido ontem (3), fechando em 140.927,86 pontos.
Durante a sessão, o Ibovespa também alcançou a máxima nominal intradiária ao atingir os 141.563,85 pontos (+0,45%).
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, se mantém estável desde quinta-feira (3), devido ao feriado nos EUA, cotado a US$ 29,31.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
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Morning Times: Confira os mercados na manhã desta segunda-feira (7)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
Uma excelente segunda-feira e acompanhe o Money Times para ficar por dentro das novidades do mercado!
Fonte: Money Times