O BC divulgou ontem noite resolução que muda o modo de monitorar os mercados para possíveis ações envolvendo o câmbio.
De acordo com a Resolução BCB nº 473, o Departamento de Reservas Internacionais (Depin) ficará encarregado de manter um “constante monitoramento dos mercados” para embasar as decisões de atuação do BC no câmbio. Antes, essa responsabilidade pertencia ao Depin e também ao Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab).
A resolução também determina que o Depin passa a ser o único responsável por comunicar imediatamente ao diretor de Política Monetária do BC sobre “possíveis condições adversas ou anomalias” identificadas no mercado de câmbio.



Tanto o Demab quanto o Depin fazem parte da Diretoria de Política Monetária do Banco Central, liderada por Nilton José David — que está no cargo que era ocupado pelo atual presidente da autarquia, Gabriel Galípolo.
Diversas abordagens de intervenção
O BC tem várias ferramentas para operar no mercado cambial, se considerar necessário. Entre essas estão a compra ou venda de dólares no mercado à vista, a realização de leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) e os leilões de swap (um tipo de instrumento cambial).
Publicamente, o BC enfatiza há anos que suas intervenções buscam corrigir disfunções ou prevenir eventos adversos, sem ter como alvo níveis específicos de preços. Tanto em documentos oficiais quanto em declarações públicas de seus dirigentes, o BC sempre destaca que o câmbio no Brasil flutua.
Fonte: Money Times