Os valores dos aluguéis de locais comerciais voltaram a ganhar intensidade em abril, com aumento médio de 1,08%, conforme o Índice FipeZAP. Enquanto isso, os montantes de vendas aumentaram 0,23% no período, perdendo vigor em comparação aos meses anteriores.
Para efeito de paralelo, os principais dados da economia nacional – o IPCA (IBGE) e o IGP-M (FGV) — avançaram +0,43% e +0,24% no mês anterior, respectivamente.
Na avaliação regional, Brasília (+2,74%), Curitiba (+2,49%) e Campinas (+2,01%) encabeçaram os aumentos nos aluguéis.


Já nos preços das vendas, Curitiba também se destacou (+1,57%), enquanto Salvador (-0,35%) e Rio de Janeiro (-0,24%) apresentaram decréscimos.
No acumulado de 2025, os valores dos aluguéis comerciais já subiram 3,12%, ultrapassando tanto o IPCA do período (+2,48%) quanto o IGP-M (+1,23%). Em contrapartida, os preços de vendas cresceram 1,19% – abaixo, portanto, da inflação oficial do país.
No último ano, o aumento dos aluguéis atingiu 7,83%, impulsionado por Niterói (+16,45%) e Curitiba (+15,17%). No mesmo intervalo, os valores de vendas aumentaram 1,34%, puxados pelas mesmas cidades.
Para comparação, os índices de referência registraram as seguintes variações em 12 meses: +5,53% (IPCA) e +8,50% (IGP-M).
Valor médio de venda e locação
Ainda conforme a pesquisa, São Paulo continua com os maiores montantes do país: R$ 10.256 por metro quadrado para venda e R$ 56,06 por metro quadrado para aluguel comercial.
Já o metro quadrado mais acessível está em Salvador, com R$ 5.220/m² (venda) e R$ 43,17/m² (aluguel). Veja o valor médio por cidade em abril:
Rentabilidade
A partir da relação entre o valor médio de locação e o de venda, é viável calcular a rentabilidade para o investidor que compra imóveis com o propósito de obter renda por meio de aluguéis.
Esse indicador, denominado rendimento de locação, auxilia na avaliação da atratividade do investimento em salas e conjuntos comerciais em comparação com alternativas disponíveis no mercado.
Em abril, especificamente, o retorno médio do aluguel de locais comerciais foi de 6,84% ao ano – taxa acima da rentabilidade prevista para a locação de espaços residenciais (5,92% ao ano).
Entretanto, consideradas em perspectiva, ambas as taxas permaneceram abaixo do retorno médio projetado de aplicações financeiras de referência para os próximos 12 meses.
O destaque ficou com Salvador, com rendimento de 9,99% ao ano, seguido por Campinas, com 8,17%, e Brasília, com 6,96%.
Fonte: Money Times