Foi destacada por Pedro Jobim, principal economista da Legacy Capital, a possibilidade de uma “quase-argentinização” da economia nacional durante a apresentação sobre o lado fiscal na Expert XP 2025.
No caso de manutenção do rumo fiscal atual do país, há a possibilidade de repetição do cenário argentino entre 2010 e 2023 — uma realidade caracterizada por despesas elevadas, taxas de juros altas, inflação persistente e um crescimento da atividade econômica estagnado ou levemente negativo. O analista descreve esse panorama como um período de “encolhimento gradativo”.
De acordo com Jobim, o futuro da situação fiscal do Brasil está diretamente associado ao desfecho das eleições de 2026. A partir da figura que assumir o governo, será possível vislumbrar uma direção para a política fiscal ou, na ausência de mudanças significativas nas políticas econômicas, o país continuará avançando “em direção a uma barreira em chamas”.



Um governo que ingressar com o propósito de reformar com apoio político, após um extenso período de gastos do PT, tem a oportunidade de obter sucesso.
Segundo ele, há escassa margem para modificações estruturais em caso de reeleição do governo atual, que já demonstrou o seu método: um ciclo de gastos desenfreados e de “expropriação de renda de qualquer maneira possível”. Nesse ritmo, a dívida pública tende a seguir uma trajetória ascendente.
Jobim defende a necessidade de um novo governo adotar uma agenda de reformas para romper com esse ciclo. Medidas sugeridas incluem a contenção do salário mínimo, limitação dos gastos públicos, uma nova reforma da Previdência, além de privatizações e reformas administrativas para combater os gastos excessivos em diversos setores do setor público.
Fonte: Money Times