O secretário da Economia, Fernando Haddad, revelou que a inflação retornará para a margem aceitável da meta em 2026. O objetivo fixado pelo Banco Central (BC) para o próximo ano é de 3%, com um intervalo de flutuação entre 1,50% e 4,50%.
A previsão do mercado está alinhada com essa estimativa. Conforme o mais recente Relatório Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2026 no limite da meta — em 4,50%.
O ministro também destacou a desaceleração observada na inflação atual. “Penso que a inflação continuará decrescendo de forma consistente”, afirmou.


O índice tem diminuído sua taxa de crescimento nos meses anteriores, com variações de 1,31% em fevereiro, 0,56% em março, 0,43% em abril e 0,26% em maio.
A expectativa para o IPCA de junho também sugere uma nova desaceleração para 0,23%, segundo o Focus. Os principais destaques do mês devem ser a queda nos preços de alimentos e mercadorias, além da redução nos preços do combustível, refletindo o recente corte nas refinarias.
No que diz respeito à Selic, Haddad mencionou que cabe ao BC analisar esse movimento da inflação para decidir quando reduzirá a taxa.
Ele acrescentou que é prematuro avaliar a gestão de Gabriel Galípolo no BC, reiterando que o atual aumento nas taxas de juros foi estabelecido em dezembro do ano passado, durante a gestão de Roberto Campos Neto.
Na reunião anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. Os diretores anteciparam a interrupção no aperto monetário para avaliar os impactos acumulados do ajuste já realizado e indicaram a manutenção dos juros no atual nível por um período bastante prolongado.
No entanto, eles enfatizaram que permanecerão vigilantes e não hesitarão em prosseguir com o ciclo de ajustes, se julgarem apropriado.
Fonte: Money Times