O Termômetro Tributáriona Cidade de São Paulo marcará nesta quinta-feira (3), às 17h17, que os pagadores brasileiros já despenderam R$ 2 trilhões em tributações em 2025. Este montante reflete um crescimento de 11,1% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o registro era de R$ 1,8 trilhão.
O cálculo engloba tributos, tarifas, contribuições, penalidades, juros e correções monetárias destinadas aos governos federal, estadual e municipal, e pode ser acompanhado em tempo real no portal do termômetro financeiro ou pessoalmente na base da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), situada no Centro Histórico da metrópole paulistana.
De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da ACSP, o valor será atingido cerca de 3 semanas antes do alcançado em 2024, motivado por uma combinação de fatores que incrementaram a receita tributária, com destaque para o aquecimento da atividade econômica.


“A elevação dos preços também exerceu uma função crucial, visto que o sistema tributário brasileiro é sobretudo embasado em impostos sobre o consumo, que se refletem diretamente nos valores dos produtos e serviços”, declarou Ruiz de Gamboa.
Para ele, medidas como o aumento das alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e diversas ações adotadas pelo Governo Federal, como a tributação de offshores, a reoneração dos combustíveis, alterações na tributação dos benefícios fiscais dos estados e a reintrodução do voto decisivo do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), também contribuíram para essa combinação.
As projeções de crescimento econômico e, por conseguinte, de receitas tributárias em 2025 são mais modestas, segundo Ruiz de Gamboa. Assim, apesar dos acréscimos nas taxas do ICMS e da alta de preços, que continuarão a impulsionar a arrecadação, o crescimento econômico previsto para o ano é menor, principalmente devido ao aumento da taxa de juros básica (Selic).
Fonte: Money Times