A Ultracargo, companhia de soluções logísticas integradas do conglomerado Ultrapar, finalizou a construção de um desvio ferroviário que viabilizará o transporte de biocombustível de milharal produzido no Centro-Oeste e o envio de subprodutos do petróleo para abastecer as máquinas do agronegócio na área, comunicou a empresa em comunicado nesta quinta-feira.
O desvio interliga Opla — empreendimento conjunto entre Ultracargo e BP, considerado o maior terminal independente de biocombustíveis do Brasil –, em Paulínia (SP), ao terminal da corporação em Rondonópolis (MT). Desde 2023, o empreendimento atraiu um aporte de cerca de R$200 milhões.
Com 4,4 km de trilhos, 14 pontos de carga e 28 de descarga, a nova estrutura está conectada também à malha ferroviária da Rumo. O transporte, conforme a Ultracargo, será conduzido por composições de até 80 vagões, com trens abastecidos tanto na ida quanto na volta.
Impacto da Taxação em CRAs e LCAs nos Custos do Produtor Rural e Análise de Especialista sobre Inflação dos Alimentos
Próxima Decisão do Copom: Analistas Preveem Selic entre 14,75% e 15%A operação terá capacidade de reserva estática de 180 mil metros cúbicos (m³), e terá condições de movimentar até 6 milhões de m³ de mercadorias por ano, sendo 3 milhões de m³ de biocombustível e 3 milhões de m³ de subprodutos de petróleo.
O líder da Ultracargo, Fulvius Tomelin, expressou em comunicado ser “essencial” investir em infraestrutura logística e de armazenagem, sobretudo entre o Centro-Oeste e o Sudeste, frente ao crescimento da produção de biocombustível a partir do milho.
“Nossa prioridade é integrar modais, otimizar percursos e liberar o potencial competitivo do Brasil”, afirmou Tomelin.
A competitividade do biocombustível de milho tem sido estimulada pelo transporte ferroviário.
A empresa frisou que o Brasil já figura como o segundo maior fabricante global de biocombustível de milho, citando informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
“Corredores de logística como o que une São Paulo e o Mato Grosso e o que conecta Maranhão e Tocantins ajudam a reduzir gargalos, custos logísticos e impactos ambientais, beneficiando consumidores e indústrias em todo o território nacional.”
Também estão programadas para 2025 a entrega pela Ultracargo de um novo trecho de ferrovias e a ampliação da capacidade de armazenamento em Rondonópolis (MT); a expansão em Santos (SP); e a inauguração do terminal de Palmeirante (TO), que buscará fortalecer a logística de combustíveis no Arco Norte.
Fonte: Money Times
