Fazer previsões sobre o valor do bitcoin é bastante desafiador, dada a complexidade e instabilidade inerentes ao ramo dos ativos digitais. Contudo, José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, uma das principais plataformas de criptomoedas do Brasil, optou por não ser tão cauteloso ao discutir a cotação do BTC.
“Acredito firmemente que poderá atingir os US$ 200 mil, não me restringirei. O próximo objetivo pode ser US$ 130 mil, US$ 150 mil, porém os US$ 200 mil são um patamar crucial para o mercado”, explana Ribeiro.
A aceitação institucional e o incremento nos ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) de criptomoedas, juntamente com o cenário regulatório favorável nos Estados Unidos, contribuíram para a ascensão vertiginosa do primeiro semestre, que permitiu ao bitcoin renovar suas máximas históricas em US$ 111.900.




Para o segundo semestre, o que deverá sustentar o bom desempenho do BTC é a adoção da estratégia de tesouraria com bitcoin por empresas cotadas em bolsa, tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Ribeiro estava presente na Consensus e testemunhou uma centena de representantes de companhias manifestando interesse em táticas para manter a principal criptomoeda do mundo em seus ativos. “Metade da conferência tratava sobre a inclusão de bitcoin nos ativos corporativos”.
Gestão de tesouraria em bitcoin (BTC) assegura o fornecimento
Durante o mesmo evento, o CEO da Coinext se deparou com Rudá Pellini, fundador da empresa de mineração de bitcoin Arthur Mining.
“Indaguei Rudá sobre os mineradores, se estão vendendo [bitcoins]?” E ele respondeu: ‘Nenhum está vendendo’”, relata Ribeiro.
Dessa forma, os emissores de bitcoin optam por não disponibilizar suas moedas para venda. Com o apetite de fundos, grandes gestoras — e agora empresas com bitcoin em suas reservas —, a quantidade de BTCs disponíveis está se tornando escassa gradualmente.
Em resumo, com a crescente demanda por bitcoin e uma oferta cada vez mais limitada, os preços têm uma tendência a subir significativamente no segundo semestre.
As tendências no mercado de criptoativos durante o governo Trump
Desde que assumiu o cargo na Casa Branca, Donald Trumpse destacou por seu apoio ao setor de criptomoedas. Assim, o presidente dos EUA incentivou propostas de uma reserva estratégica de bitcoin e oGenius Act, legislação que busca regulamentar as stablecoins.
Além disso, Ribeiro observa que bitcoin e stablecoins tendem a ser os temas predominantes. “Caso tenha ocorrido uma altseason, já passou”, refere-se ao período em que as altcoins (criptomoedas alternativas) superaram o desempenho do BTC.
Para ele, atualmente há uma preponderância considerável do mercado de criptomoedas em BTC e stablecoins. Outras moedas voltadas para a infraestrutura, como ethereum (ETH) e solana (SOL), devem obter destaque quando a Web3 ganhar mais popularidade.
“Contudo, creio que essa discussão sobre infraestrutura ficará para outra ocasião”, conclui.
No que diz respeito às stablecoins, o governo tem encorajado a utilização do dólar tokenizado como um meio de incorporar a moeda americana na economia digital. Leia mais sobre o assunto.
Fonte: Money Times