O momento tão aguardado (e temido) pelo mercado enfim chegou. Neste dia de quarta-feira (2), Donald Trump fará o anúncio de novas medidas tarifárias, ocasião que o líder norte-americano está chamando de o “Dia da Liberdade dos Estados Unidos“.
O evento intitulado “Tornar a América Próspera Novamente” está marcado para começar às 17h (horário de Brasília). Entretanto, próximo ao horário, ainda não foi esclarecido quais são os planos de Trump. Ele não detalhou o percentual do aumento, quais países serão impactados ou se haverá espaço para negociações.
A expectativa do mercado varia de uma taxa universal de 20% para todos os países, com um adicional para um subgrupo de nações, até tarifas específicas para cada nação que possui acordos comerciais com os norte-americanos.



No período anterior, Trump deu indícios aos investidores, mencionando que as tarifas podem ser menos elevadas do que inicialmente proposto, porém a inquietação permanece. A avaliação geral é que as medidas protecionistas devem resultar em uma elevação nos valores dos produtos, complicando o alcance da meta de inflação de 2%, tão perseguida pelo Federal Reserve nos últimos tempos.
A porta-voz do governo, Karoline Leavitt, antecipou que tanto as tarifas recíprocas quanto as taxas sobre veículos entrarão em vigor na quinta-feira (3).
Os mercados asiáticos encerraram sem uma direção clara, aguardando as ações protetivas de Trump. As bolsas europeias e os futuros de Wall Street apresentam queda nesta manhã.
O que aguardar do Ibovespa
Neste contexto, o foco dos investidores e do governo recai inteiramente aos Estados Unidos. A expectativa é de que o Brasil seja impactado pelas tarifas de Trump, caso sejam aplicadas de forma ampla e setorial na economia. Por outro lado, se a decisão for baseada nos países com os quais os EUA possuem déficit comercial, o Brasil fica isento dessas medidas.
No entanto, é válido ressaltar que o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, em inglês) divulgou um relatório acusando 59 países — incluindo o Brasil — de imporem barreiras e taxas contra produtos americanos.
No caso brasileiro, o documento aponta tarifas relativamente elevadas sobre importações em diversos setores, como automóveis, peças para automóveis, tecnologia da informação, eletrônicos, produtos químicos, plásticos, maquinaria industrial, aço, têxteis e vestuário.
O USTR também alerta que a “falta de previsibilidade” das taxas brasileiras dificulta o planejamento dos exportadores norte-americanos, que enfrentam restrições e requisitos de compensação nos contratos comerciais.
Diante dessa incerteza, o Senado já aprovou um projeto que estabelece critérios para a resposta do Brasil a barreiras e imposições comerciais de nações ou blocos econômicos contra o país, como as tarifas de Trump. O projeto pode ser votado ainda nesta semana pela Câmara dos Deputados.
O texto define medidas de contrarresposta a decisões unilaterais de outros países que prejudiquem a competitividade brasileira, abrangendo não apenas os EUA, mas todos os mercados com os quais o Brasil mantém comércio externo.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) teve um respiro e encerrou em alta, impulsionado pelos ‘pesos-pesados’. O principal índice da bolsa brasileira encerrou aos 131.147,29 pontos, com acréscimo de 0,68%.
Já o dólar à vista (USBRL) fechou as negociações em R$ 5,6824, registrando uma queda de 0,40%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova Iorque, teve uma diminuição de 0,23% no pregão após o fechamento de ontem, sendo cotado a US$ 26,10.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (2)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
Excelente quarta-feira e acompanhe o Money Times para ficar por dentro das novidades do mercado!
Fonte: Crypto Money