Do Uruguai e do Chile chegam notícias de que suspenderam as importações de frango do Brasil nesse fim de semana (17), como anunciou Luis Rua, secretário de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura. A suspensão não tem prazo definido. Essa decisão foi tomada depois que o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou a deteção de um caso de vírus da gripe aviária de alta gravidade (IAAG) em um centro de reprodução de aves comerciais em Montenegro (RS).
Ademais, China, a União Europeia (UE) e a Argentina também decidiram interromper suas compras de aves do Brasil na última sexta-feira (16), a princípio por 60 dias.
Mesmo com o surto localizado, as restrições impostas pela China e pelo bloco europeu abarcam todo o território nacional, devido às cláusulas dos tratados comerciais com o Brasil.




Impacto da gripe aviária
A China é o maior importador da carne de frango brasileira, tendo recebido 562,2 mil toneladas em 2024, o que representa cerca de 10,8% do total.
Já a União Europeia figura como o sétimo principal mercado das exportações nacionais, com mais de 231,8 mil toneladas compradas no ano passado, correspondendo a 4,49% do total. Essas informações são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Em relação à Argentina, embora não seja um dos maiores importadores de carne de frango do Brasil, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) optou por suspender preventivamente as importações de produtos e subprodutos avícolas brasileiros que dependem da certificação de ausência de gripe aviária de alta gravidade (IAAG).
Além disso, o governo argentino assegurou que está adotando medidas de biossegurança e monitoramento sanitário em fazendas avícolas para diminuir o risco de disseminação. O foco do surto de gripe aviária encontra-se a aproximadamente 620 quilômetros (km) da fronteira entre os dois países.
Em comunicado, o Ministério da Agricultura afirmou que seguirá as diretrizes estabelecidas nos tratados comerciais em vigor. “Reafirmando nosso compromisso com a transparência e a qualidade dos produtos exportados pelo Brasil, as restrições de exportação seguirão estritamente os acordos sanitários firmados com nossos parceiros comerciais”, declarou.
*Com base em dados da Agência Brasil
Fonte: Money Times