Nesta terça-feira, foi comunicado pelos governos Federal e São Paulo que estão em andamento ações de auxílio a empresas que foram prejudicadas pela cobrança de 50% efetuada pelo chefe do Executivo dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil, especialmente as empresas sediadas em São Paulo.
Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, afirmou que o governo Lula está avaliando formas de ajudar as empresas brasileiras afetadas, com medidas específicas e com o menor impacto financeiro viável.
Ele declarou: “Nossas ações serão graduais, direcionadas e visando minimizar os impactos fiscais para não comprometer as metas estabelecidas”.


Em uma coletiva de imprensa, Durigan ressaltou os esforços do governo em reverter essa taxa, prevista para iniciar em 1º de agosto. Ele salientou a necessidade de aguardar para avaliar o impacto da tarifa na atividade econômica, inflação e outros indicadores.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou na segunda-feira (21) a possibilidade de implementação de suporte a setores da economia prejudicados pela tarifa. Ele disse: “Poderemos adotar medidas de apoio a setores que estejam sendo afetados de forma injusta”.
Estado de São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mencionou a intenção de disponibilizar linhas de crédito subsidiadas e conceder “um amplo suporte de crédito de ICMS” aos exportadores do estado para compensar os efeitos da tarifa dos EUA.
Ele afirmou: “Tomaremos duas medidas. Uma delas é expandir o fundo garantidor para oferecer crédito aos setores mais afetados, além de disponibilizar linhas de crédito com juros subsidiados”. E acrescentou: “[Também] realizaremos uma grande liberação de crédito de ICMS, uma devolução substancial de crédito, visando fornecer recursos financeiros para ajudar essas empresas a passar por esse período desafiador”.
Freitas expressou sua expectativa por uma negociação acerca da situação, “sempre com a esperança de chegar a uma boa solução em um futuro próximo”.
O apoio do aliado de Jair Bolsonaro enfatizou a importância de deixar de lado as questões políticas nessa disputa comercial e buscar o bem comum do país.
“A dimensão política é um obstáculo, mas é o momento de deixar isso de lado em prol do interesse nacional, compreendendo a dinâmica geopolítica atual para buscar o interesse do país”, destacou.
A decisão de Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre os produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos a partir de 1º de agosto foi justificada pelo presidente norte-americano como uma resposta aos problemas enfrentados por Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), relacionados a uma suposta tentativa de golpe, vista como uma “perseguição injusta”.
Informações da Reuters
Fonte: Money Times