Uma pesquisa conduzida pela Grayscale, principal administradora focada em criptomoedas no globo, indicou que as stablecoinsjá geram um volume mensal de US$ 800 bilhões.
Para comparar, a Visa movimentou cerca de US$ 1,1 trilhão em transações por mês em 2024. Em outras palavras, as stablecoins representam aproximadamente 72% desse valor.
As stablecoins são essencialmente versões tokenizadas de moedas fiduciárias, sendo as mais populares apoiadas pelo dólar dos Estados Unidos.




Esse “dinheiro digital” é emitido principalmente pela Tether, usando a moeda de mesmo nome, USDT, e pela Circle, com a USDC (USCD).
Oferta pública inicial da Circle fortaleceu stablecoins — e prejudicou a Visa
É importante notar que a Circle está sediada nos EUA e realizou sua listagem na bolsa de valores (IPO, na sigla em inglês) em 4 de junho deste ano, sob o código de negociação CRCL.
A IPO foi considerada um sucesso. As ações da Circle tiveram um crescimento significativo, pulando de um preço inicial de US$ 31 por ação para US$ 181 até o final do mês — um aumento de mais de 480%.
Esse desempenho pós-IPO indica que os investidores têm grandes expectativas de crescimento na stablecoin USDC e, por consequência, nas receitas da Circle, já que a empresa está sendo negociada a mais de 150 vezes seu Ebitda (uma métrica usada pelo mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa) de 2024.
“O sucesso da Circle contrasta com a recente queda nos preços das ações de empresas tradicionais de pagamentos digitais, como Visa e Mastercard, indicando uma possível ruptura nas redes de pagamento convencionais”, afirmam os analistas da Grayscale.
No mesmo período do lançamento da Circle, as ações da Visa e Mastercard caíram 3,30% e 3,75%, respectivamente.
Fonte: Money Times