O Internacional alterou a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 de 4,9% para 5%. Apesar da Taxa Selic elevada, a economista-chefe Rafaela Vitória considera que a redução da inflação tem se manifestado de modo moroso.
No entanto, a perspectiva principal é de uma inflação de produtos reduzida nos meses vindouros, após o último índice de preços ao produtor ter indicado uma leitura mais desfavorável.
Vitória também aponta que a valorização do real em relação ao dólar e a estabilização dos valores das matérias-primas ainda não foram totalmente incorporadas nos preços para o consumidor.



Por outro lado, o aumento nos preços de serviços permanece persistente, embora continue a mostrar uma tendência de diminuição gradual.
Os dados sobre concessão de empréstimos até junho confirmam a desaceleração prevista para a atividade, o que deve contribuir para uma inflação menor nos próximos meses.
A expectativa é de que a economia brasileira desacelere já a partir do segundo trimestre. “Prevemos que a demanda doméstica continue desacelerando, com menos oferta de crédito e um menor estímulo fiscal em vista.”
A analista destaca que o principal risco para a inflação é um novo estímulo fiscal. O mais recente relatório do tesouro projeta déficit primário mais alinhado com as expectativas do mercado, em torno de R$ 75 bilhões até 2025.
Com a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e uma maior arrecadação proveniente do petróleo, a receita deve crescer 4% acima da inflação ao longo do ano.
No entanto, Vitória ressalta que a maior arrecadação também permite um aumento nos gastos, o que foi evidenciado pela suspensão do contingenciamento de R$ 20 bilhões que havia sido implementado em maio.
Fonte: Money Times