O aviso do líder dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma alíquota de 50% em todos os itens brasileiros enviados para os Estados Unidos está agendado para começar em 1º de agosto.
Caso as taxas entrem em vigor e o chefe de estado Lula opte por responder aos Estados Unidos com medidas correspondentes, o efeito pode ser significativo para o Brasil, de acordo com um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
A análise prevê um impacto de até R$ 259 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, cerca de 2,2% no total.


Adicionalmente, uma retaliação poderia prejudicar quase 2 milhões de empregos, reduzir a remuneração total em R$ 36 bilhões e diminuir a receita do governo com taxas em R$ 7,2 bilhões.
No caso de o impasse ser apenas com alíquotas por parte dos Estados Unidos, o impacto é relevante, porém menor: R$ 175 bilhões, com queda de 1,49% no PIB. Cerca de 1,3 milhão de empregos podem ser afetados.
Segundo a Fiemg, o agravamento da crise comercial entre Brasil e Estados Unidos representa uma ameaça séria à estabilidade econômica e ao progresso industrial.
A organização defende que o governo brasileiro tome medidas firmes, porém diplomáticas, para buscar um acordo que evite a implementação da tarifa, proteja os empregos e mantenha a competitividade das empresas nacionais.
“Em nossa visão, ambas as nações têm muito a perder com a medida. Retaliar da mesma forma pode causar impactos inflacionários no Brasil, portanto, a abordagem mais sensata é a diplomacia”, declara Flávio Roscoe, presidente da Fiemg.
Fonte: Money Times