O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou uma queda mais expressiva em junho, atingindo 1,67%, após ter registrado uma redução de 0,49% no mês anterior, com destaque especial para a significativa diminuição nos valores de matérias-primas brutas, conforme indicam dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (27).
A expectativa dos analistas em pesquisa da Reuters era de uma retração de 1,02%. Com o desempenho do mês, o índice acumulou um aumento de 4,39% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do índice geral e avalia a flutuação dos preços no atacado, despencou 2,53% em junho, após ter caído 0,82% no mês anterior.



O destaque do IPA foi a taxa referente às Matérias-Primas Brutas, que registrou uma queda de 4,68% em junho, ampliando o declínio de 2,06% visto em maio.
Os itens que mais contribuíram para o resultado do IPA foram milho em grão (-16,93%, contra -9,79%), café em grão (-11,01%, contra +1,18%), farelo de soja (-9,75%, contra +3,25%) e minério de ferro (-4,96% contra -2,30%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou para um aumento de 0,22% em junho, frente ao avanço de 0,37% no mês anterior.
Os principais responsáveis pela desaceleração do IPC foram os itens tomate (-7,20%, contra -4,78%), ovos (-7,60%, contra -3,18%) e mamão papaia (-11,28%, contra +3,06%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,96% em junho, acima do aumento de 0,26% em maio.
O IGP-M analisa os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Fonte: Money Times