O secretário da Economia, Fernando Haddad, utilizou as plataformas digitais durante a noite de hoje para confirmar que não houve acordo do governo com o Banco Central acerca dos acréscimos de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), divulgados ontem.
“Referente às ações fiscais divulgadas, esclareço que nenhuma delas foi discutida com o BC”, afirmou Haddad.
A Pasta da Economia comunica que, após conversas e avaliação técnica, será restabelecido o texto do inciso III do art. 15-B do Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, que previa a isenção de IOF sobre investimentos de fundos locais no exterior.
— Pasta da Economia (@MinFazenda) Maio 23, 2025
O “esclarecimento” contrasta com declarações do diretor-executivo da Economia, Dario Durigan, que havia revelado ter conversado sobre as alterações de IOF com o líder do BC, Gabriel Galípolo.
Surpreendido e descontente
Dados obtidos pelo periódico O Globo indicam que as modificações no IOF de fato não foram aprovadas pelo BC e que, inclusive, Galípolo teria manifestado sua oposição às novas taxas.
Apesar de os anúncios de ontem do Governo Federal terem recebido avaliações positivas, sobretudo no corte de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025, o desdobramento do “evento”, que envolveu elevações no IOF, pode ocasionar instabilidades nesta sexta-feira.
Além da troca de informações com o chefe do BC, a Pasta da Economia precisou reverter sua decisão de aumento de IOF sobre investimentos de fundos brasileiros no exterior e transferências internacionais para investimentos.
Fonte: Money Times