O líder do Banco Central, Gabriel Galípolo, elogiou hoje a postura de Fernando Haddad, pela rápida mudança na parte da medida que visava o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), algumas horas após o anúncio.
No decorrer do XI Encontro Anual de Política Monetária, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Galípolo expressou sua discordância com o uso do IOF como ferramenta fiscal e ressaltou a rapidez do Ministério da Fazenda em revisar a decisão, evitando impactos adversos no mercado financeiro.
“É importante reconhecer a rapidez e prontidão com que o ministério da Fazenda agiu”, mencionou Galípolo, destacando que a decisão foi tomada com os mercados fechados, o que contribuiu para reduzir os riscos. A reversão da medida deve impactar negativamente a arrecadação do governo em cerca de R$ 6 bilhões até 2026.



Galípolo também abordou os obstáculos fiscais enfrentados pelo governo. Segundo ele, os ministros do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Fazenda, Fernando Haddad, têm se dedicado a promover uma discussão construtiva sobre a questão fiscal, porém frequentemente esbarram em limitações devido ao cenário político atual.
Ele ressaltou que o governo pode contar com uma equipe comprometida em cumprir as metas fiscais, mas esbarra na dificuldade de realizar cortes ou ajustes devido à necessidade de buscar consensos com diferentes agentes.
Além disso, o líder do Banco Central frisou que a autarquia deve conduzir a política monetária com prudência, especialmente diante do atual panorama de incertezas econômicas.
Galípolo enfatizou que, no atual momento de ajuste do ciclo de juros, torna-se essencial a discussão sobre por quanto tempo a taxa Selic deve permanecer em um nível elevado e restritivo, fator crucial para garantir a convergência da inflação à meta definida.
*Com informações da Reuters
Fonte: Money Times