O Banco Inter aumentou a sua previsão para o índice de preços de 5,2% para 5,4% em 2025 e de 4,2% para 4,4% em 2026. Não obstante, a principal economista, Rafaela Vitória, ressalta que a evolução no equilíbrio dos riscos, a desaceleração da atividade e a valorização do mercado cambial devem suavizar a pressão inflacionária.
De acordo com a instituição financeira, houve uma melhoria marginal no equilíbrio de riscos nas últimas semanas, apesar do nível atual do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuar elevado, incluindo a média dos índices fundamentais que está próxima de 0,6% ao mês desde dezembro.
Vitória também aponta que o ambiente de trabalho demonstra indícios de desaquecimento.


No que concerne ao Produto Interno Bruto (PIB), a desaceleração deve aliviar a pressão nos preços dos segmentos de serviços. A previsão do Banco Inter para o crescimento econômico é de 1,5% para 2025.
Após um crescimento inferior ao esperado no último trimestre do ano passado, a atividade mantém a tendência de desaceleração no início de 2025. Existe a possibilidade de um crescimento inferior em 2025 dependendo da combinação de uma política monetária mais rígida e possíveis novos estímulos fiscais por parte do governo”, afirma.
No entanto, esses possíveis anúncios podem resultar em uma nova deterioração das condições financeiras, com depreciação do mercado cambial e uma nova aceleração da inflação. Isto acarretaria no reinício do ciclo de aumento das taxas de juros e comprometeria o crescimento também em 2026.
E a moeda estrangeira?
Mesmo considerando os impactos de uma combinação possível de uma política monetária mais restritiva e novos estímulos fiscais, a economista do Banco Inter destaca que a valorização do mercado cambial tem proporcionado alívio a curto prazo, diminuindo novas transferências de itens mais instáveis, como energia e alimentos.
Assim, a instituição ajustou sua estimativa para a taxa de R$ 5,90 para R$ 5,80 por unidade monetária em 2025.
A situação internacional permanece incerta, porém a previsão de desaceleração no crescimento global diminuiu a pressão sobre a unidade monetária e o real continuou sua trajetória de valorização.
“Com o aumento esperado da diferença nas taxas de juros durante o ano, reajustamos nossa estimativa para o equilíbrio do mercado cambial”, declara Vitória.
Fonte: Crypto Money